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Globo faz matéria contra prática do MBL e ignora que Alckmin também se beneficia

Episódio reforça cruzada da imprensa tradicional contra o Movimento Brasil Livre; na última semana, jornal 'O Globo' e revista 'Veja' dedicaram grandes reportagens para denegrir o MBL

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Foto: Reprodução/O Globo

O jornal O Globo voltou a dedicar uma matéria depreciativa ao Movimento Brasil Livre nesta sexta-feira (30). Com o título de que o “MBL usa aplicativo irregular na rede”, a reportagem associa a organização a um modelo de aplicativo que, embora o texto não cite, também é usado por outros movimentos e políticos, entre eles apoiadores do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato à presidência da república pelo PSDB.

Segundo a matéria, o MBL “encontrou uma forma de enfrentar a restrição recente imposta pelo Facebook” utilizando um aplicativo denominado “Voxer”. O App permitiria com que usuários, por livre e espontânea vontade, se cadastrassem e permitissem que fossem feitas publicações em seus perfis de forma automatizada compartilhando conteúdo de páginas acertadas previamente. [1]

A matéria, no entanto, dá a entender que apenas o MBL tem utilizado esse artifício. Outras organizações e personalidades políticas também fazem uso de aplicativos similares, como no caso do “Talkative”. A empresa promete “ampliar a voz na internet” e “criar boca-a-boca para melhorar resultados”. [2]

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Para cada usuário que aceita ceder seu perfil para fazer publicações automatizadas, a empresa cobra R$ 1,00. Dentre os usuários, estão apoiadores de Geraldo Alckmin. Em um mesmo dia, um deles fez mais de dez publicações com menção ao governador. Na identificação técnica, fica marcada que a publicação foi feita pelo aplicativo “Talkative”.

Foto: Reprodução/Facebook

Matérias apontam incômodo da grande mídia

Não é a primeira vez, porém, que o jornal O Globo tem dedicado amplas manchetes para associar, muitas vezes sem fundamento, o MBL a práticas escusas nas redes sociais. Na última sexta-feira (23), o jornal do Grupo Globo publicou uma grande matéria cujo título foi “Rastros de Ódio” associando o MBL à disseminação de fake news, o que o movimento negou. Na prática, o que o MBL realmente fez foi repercutir um fato relevante igualmente noticiado por outros veículos tradicionais, como o jornal Folha de S. Paulo.

Após a polêmica, o analista político que utilizava há anos o pseudônimo Luciano Ayan, inclusive como autor de um livro, decidiu revelar sua identidade. Em entrevista ao Boletim da Liberdade, Ayan – que escreve para o site Ceticismo Político – explicou que a utilização de um pseudônimo acabou sendo uma oportunidade para que veículos da grande mídia utilizassem isso como parte de uma narrativa na qual ele teria a especialidade de disseminar notícias falsas.

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Uma explicação para o fato de o jornal O Globo ter focado sua matéria na prática do MBL ignorando outros beneficiados pode vir do conceito de hidden news, divulgado pelo economista Adolfo Sachsida em artigo para o Instituto Liberal. A ideia é que grandes grupos de comunicação frequentemente escondem fatos que não favoreçam sua agenda.

Ao Boletim, ele disse que “parte da mídia abraçou uma agenda progressista, uma agenda de esquerda” e que “tudo aquilo que vai contra essa visão de mundo ela procura deixar de lado”. Um exemplo de hidden news, segundo ele, seria o fato de a imprensa ter dado pouca repercussão ao lançamento da pré-candidatura à presidência da república de Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto. No episódio envolvendo o sistema voluntário de publicações automáticas no Facebook, pode ter sido preferível ignorar que outras organizações e agentes políticos também tenham feito usa da plataforma para que a imagem negativa sobre a estratégia recaísse apenas contra o MBL.

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