Maultasch: ‘Ainda estamos pagando a dívida institucional dos últimos generais’
Diplomata e ex-diretor do Livres comentou publicamente em seu perfil no Facebook sobre a possibilidade de uma nova intervenção militar no Brasil; segundo ele, é preciso ‘rejeitar saídas antiliberais’
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Ex-diretor de tecnologia do Livres, o diplomata Gustavo Maultasch manifestou-se publicamente no início da tarde desta quarta-feira (4) sobre a possibilidade de uma intervenção militar caso o STF aceite o habeas corpus do ex-presidente Lula. Ele sugeriu que seus leitores “não caiam na tentação autoritária”. [1]
Segundo Maultasch, “toda ditadura destrói a formação de líderes” e “só sobrevivem os medíocres ou coniventes”. ” É sobretudo por causa da ditadura militar que sofremos com a classe política corrupta e vulgar que temos hoje. Ainda estamos pagando a dívida institucional dos últimos generais no poder”, disse.
O diplomata frisou que o STF “tem a prerrogativa institucional de soltar criminosos, se assim bem entender” e que embora seja “ruim e errado soltar bandido”, é “o que temos para hoje em termos de instituições”.
“O custo de destruir (e futuramente reconstruir) instituições civis é maior do que o custo atual de sua ineficiência. Temos de rejeitar saídas antiliberais, não importa de que lado venham”, opinou.
Confira, abaixo, a publicação na íntegra:
Especulação ganhou força após tweet
A especulação sobre uma nova intervenção militar no Brasil ganhou força após um comentário no Twitter na noite desta terça-feira (3) do Comandante do Exército Brasileiro, general Villas Boas.
A poucas horas das manifestações que eclodiram Brasil afora para pedir a prisão do ex-presidente Lula, o militar escreveu que “o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia”. Ao fim, sem especificar, afirmou que a Força “se mantém atenta às suas missões institucionais”.
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