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Falsa pesquisa da USP ajudou a propagar que MBL disseminava ‘fake news’, esclarecem pesquisadores em artigo

Marcio Moretto e Pablo Ostellado esclareceram em texto publicado no jornal 'Folha de S. Paulo' que suposta pesquisa da USP que apontava MBL como principal disseminador de 'fake news' nunca existiu

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Manchete do site Brasil 247, de posicionamento editorial à esquerda, repercutiu fake news de pesquisa fictícia da USP (Foto: Reprodução)

Os pesquisadores Marcio Moretto e Pablo Ostellado, ligados à USP, alertaram neste sábado (31) em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo sobre uma “notícia falsa sobre notícias falsas” que circula na internet e que aponta o MBL como um dos maiores propagadores de fake news da rede. Moretto e Ostellado são professores da USP e coordenadores do projeto “Monitor do Debate Político no Meio Digital” da universidade. [1]

Segundo o texto, intitulado de “Até autoridades que fiscalizam difusão de fake news estão sujeitas a serem enganadas”, o grupo havia feito um levantamento com base em “mais de 500 fontes que produzem todos os dias cerca de 5 mil notícias políticas”. Esse estudo originalmente da USP teria sido desvirtuado por um blog chamado “Isso É Notícia” e apresentado como um ranking de “sites de notícias falsas identificados pela USP”. O conteúdo viralizou e acabou chegando ao Tribunal Superior Eleitoral.

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Segundo Moretto e Ostellado, “o levantamento original listava apenas sites de direita e a matéria equivocada que o repercutiu concluía que o principal difusor de notícias falsas era o MBL, movimento liberal que é antagonizado pela esquerda”.  Para os professores, o texto acabou se tornando “poderosa arma política na guerra de informação entre dois campos polarizados” e que a “matéria subjacente era a de que a direita é desonesta e é a maior produtora de notícias falsas”.

“O Monitor [do Debate Político no Meio Digital] fez inúmeras notas desmentindo o suposto estudo. Apesar disso, durante esse período, centenas de perfis e páginas influentes de professores, jornalistas e políticos do Congresso difundiram a notícia”, constataram, observando que o “motor da difusão” das notícias falsas acaba sendo a “paixão política”.

Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

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