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Objetivo da imprensa ‘é tirar nossa página do Facebook do ar’, explica Renan Santos, coordenador nacional do MBL

Em entrevista ao Boletim da Liberdade, Santos, que é um dos principais estrategistas do movimento, credencia que o fato de o Brasil vivenciar o ano eleitoral e o MBL ser um grande influenciador estimula a perseguição
Renan Santos (Foto: Reprodução / Facebook)

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Renan Santos é coordenador nacional do MBL e um dos principais estrategistas do movimento (Foto: Reprodução/UOL)

Diante de mais um dia sob intenso ataque da imprensa tradicional, que também pauta blogs de esquerda quando isso é conveniente, o Boletim da Liberdade entrevistou Renan Santos, coordenador nacional e um dos principais estrategistas do Movimento Brasil Livre.

Ao longo da conversa, ele opinou que as matérias negativas têm como razão o fato de o Brasil estar em ano eleitoral e o MBL ser um grande influenciador de política nas redes. Também adiantou que o movimento processará o jornal O Globo por associar a organização à disseminação de fake news e comentou sobre as manifestações dos movimentos de rua previstas para o próximo dia 3 de abril a favor da prisão de Lula, já condenado em segunda instância.

Boletim da Liberdade: Por que o jornal O Globo tem investido em matérias contra o MBL nas últimas semanas?

Renan Santos: Porque é ano eleitoral. Começaram a puxar desde o ano passado relatórios de influência de rede e eles sabem que a gente é um influenciador muito grande e com uma narrativa contra eles. A gente também ganhou deles no debate sobre o queermuseu e do peladão do MAM. Aí foi o começo. Quando teve, agora, o negócio com a Marielle [Franco], eles decidiram emplacar ela como uma mártir nacional. A gente nem falou muito de Marielle, pra ser sincero. Eles enxergam na gente um fantasma.

Boletim da Liberdade: O MBL estuda tomar medidas judiciais contra o jornal?

Renan Santos: Vai, vai. Já estamos com advogado desde a matéria da semana passada que falou que a gente divulgou fake news. Inclusive eles citavam aquele estudo da USP para falar isso. Mas o estudo da USP é fake news da USP. Isso já está com advogado. E não vai ser nem [para pedir] direito de resposta. Já vai para calúnia e difamação direto.

Já estamos com advogado desde a matéria da semana passada que falou que a gente divulgou fake news. E não vai ser nem [para pedir] direito de resposta. Já vai para calúnia e difamação direto.

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Renan Santos: Acho que não. O material deles só causa eco na esquerda. Para as pessoas, essa briga é uma grande idiotice. Ninguém dá bola. Quem dá bola é o esquerdista para vir xingar a gente. Pessoas normais, não-esquerdistas, não.

Em primeiro plano, Kim Kataguiri (à esquerda) e Renan Santos (à direita, com mão na cintura) em manifestação contra Dilma Rousseff em 2015 (Foto: Reprodução/El País)

Boletim da Liberdade: Como está a organização para as manifestações do próximo dia 3 de abril? Qual é a expectativa?

Renan Santos: Em São Paulo, a gente acha que vai ser grande. Não grande como a do impeachment, mas vai ter um público substancial. Nas outras capitais também, com uma intensidade menor em algumas outras porque, como é uma manifestação em dia de semana e à noite, é possível que em locais onde costumam ter um pouco mais de violência como Rio de Janeiro, Natal, Fortaleza e Salvador o total de público presente seja afetado. Já em locais onde existe uma sensação de segurança maior, como São Paulo, Goiânia e Cuiabá, além do interior de São Paulo, vai ser legal. A expectativa é grande. A gente investiu em divulgação, o [movimento] Vem Pra Rua investiu também. Vai ser legal.

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Boletim da Liberdade: No Rio de Janeiro, o PRB enfrenta grande e insistente oposição do Grupo Globo. A pré-candidatura de Flávio Rocha pelo partido, apoiada pelo MBL, pode ser motivo para a cobertura negativa ao MBL?

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Renan Santos: Não sei dizer. Houve uma opção editorial. Vale olhar. Foram os mesmos jornalistas que estão fazendo as mesmas matérias. Claramente foram escalados para atuar em cima do MBL. Agora eles estão indo atrás de quem é cliente do Voxer. Eles botaram dois jornalistas para ficarem só atacando a gente. Existe, portanto, uma decisão editorial: não é uma coisa aleatória. Se é por causa do PRB, eu tendo a achar que não.

Houve também um ataque da revista Veja e também foi uma decisão editorial da Veja fazer um ataque ao MBL. Não tinha a ver com o Flávio, nada. São coisas diferentes, distintas. Mas o fato é o seguinte: é um ano eleitoral e o MBL é um influenciador muito grande. O MBL é um grande problema para a candidatura do Alckmin. O MBL é um grande problema para as candidaturas de esquerda. O MBL é um grande problema para as narrativas de esquerda.

Se esse negócio do PRB vai agravar ou não, a gente só vai saber nas próximas semanas. Eu não sei dizer. Mas que é deliberado, é. Existe uma intenção deliberada do Grupo Globo em atacar a gente. O objetivo final é tirar nossa página do Facebook do ar.

Existe uma intenção deliberada do Grupo Globo em atacar a gente. O objetivo final é tirar nossa página do Facebook do ar.

Aliás, honestamente, as pessoas não dão bola para essa tal de fake news. O MBL não propaga fake news e quem propaga fake news são eles, da imprensa. Saiu agora um ranking em quem você confia: na igreja, no exército, nos políticos. E a imprensa era um dos últimos em confiança. Era muito complicado. Se eles acham que vão construir uma narrativa assim, essa narrativa joga contra eles. Isso da Marielle joga contra eles. Quando morre policial, eles não falam. A cobertura da liminar do Lula foi muito fraca.

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O feedback que a gente está tendo é: estamos aumentando nossos afiliados, minha audiência permanece a mesma, meus seguidores estão aumentando. Que diabo de dano que eles estão causando? Um dia as pessoas que vão ter que fazer escolhas e o material que a gente produz e divulga é muito mais confiável que o deles.

Ilustração: Editoria de Arte do Boletim da Liberdade

Boletim da Liberdade: Quanto ao Facebook, que é hoje a maior rede social do MBL, como está a relação? Está tranquilo, está estável, há algum risco?

Renan Santos: Não sei, não sei. Pode ser que tenha risco. Mas a nossa conta é verificada. A gente não é uma página aleatória. A gente tem muita relevância. Por ser a página verificada, somos responsáveis cíveis e criminalmente pelo conteúdo. Nós não infringimos a política do Facebook. Não colocamos conteúdo bizarro. O que tem é uma perseguição política.


Editado às 18h35 do dia 30/03: Ao contrário do que originalmente estava redigido, Renan referia-se aos clientes do sistema “Voxer”, citado pelo jornal O Globo, e não a clientes de Flávio Rocha, pré-candidato à presidência da república pelo PRB, apoiado pelo MBL e dono da Riachuelo.

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