Haddad não tem a menor chance em SP - Coluna

Haddad não tem a menor chance em SP

19.06.2022 08:30

O ex-prefeito de São Paulo não tem a menor chance de ser eleito Governador do Estado nas eleições deste ano. O pleito “interno” nas hostes de esquerda que ele tem travado com Márcio França é um erro gestado no “hegemonismo” petista.

Ainda que Haddad surja com 30 ou mais por cento dos votos em pesquisas de opinião, sabe-se que isto é mero recall da eleição presidencial e de seus quatro anos como prefeito. Na hora do “vamo ver”, o paulista não elegerá um petista para governar o seu Estado.

E não falo isso por torcida: é fato. Nem no auge do petismo, nos anos 200, eles foram capazes de eleger um governador. Entre 2006 e 2010, Mercadante foi derrotado duas vezes, por Serra e por Alckmin, com relativa facilidade. Em 2014 o então ex-ministro Padilha amargou um 3º lugar, pior resultado desde 98, com Marta, posto que em 2022 Genoíno foi 2º.

Em 2018, por sua vez, no último pleito, Luiz Marinho ficou em 4º, um candidato que parecia estar ali para perder, desde o início.

França, ainda, teria o recall das últimas duas eleições, o sentimento anti-Doria e uma rejeição muito menor, pois ainda que seja do Partido Socialista Brasileiro, não carrega a pecha de “esquerdista”, tendo uma carreira política no Estado muito mais ligado ao centrismo pragmático do PSB.

Posto tudo isso, Garcia e Tarcisio surgem como os favoritos. E aqui tiro o meu chapéu de eleitor e militante para pôr o meu de analista. Vinícius Poit é o meu candidato, mas neste momento, ainda não conseguimos emplacar bons números nas pesquisas. Dito isso, o favoritismo dos outros dois ainda é fato. Mantido o cenário como esta, qualquer um dos dois que chegue ao segundo turno contra o petista, vencerá a eleição. Ponto.

Se o hegemonismo petista fosse capaz de abrir mão de uma candidatura que lidera ao observar a rejeição, então Márcio França poderia ser uma opção mais competitiva para o campo progressista, mas como isso não irá acontecer, a corrida se reduz à disputa entre tucanos e bolsonaristas por uma vaga no 2º turno.

França, ainda, pode ir ao Senado, onde continua competitivo, sobretudo se houver fragmentação dos votos da “direita”. Vale lembrar, Suplicy venceu por 3 vezes a eleição ao Senado, disputando sempre uma única cadeira, ao observar os votos “antipetista” dispersando-se por diversas outras candidaturas.

No lugar de Haddad e do PT, eu iria ao Senado, em uma eleição sem segundo turno, mas felizmente eles errarão e SP ficará livre do PT no Governo e no Senado. Andiamo.

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