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Cassação de Arthur é derrota da renovação política e do liberalismo

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Os áudios do deputado estadual Arthur do Val são indefensáveis. Quem quer que tente defendê-los, cometerá um erro, assim como o dele. Arthur deve e será punido por seu erro, mas ainda assim, devemos admitir que a punição proposta, a cassação, é uma derrota para aqueles que defendem uma renovação de práticas na política tradicional e uma perda para o liberalismo brasileiro, sobretudo no que diz respeito ao corte de gastos e enxugamento da máquina pública, luta por redução de impostos e combate aos privilégios.

Como deputado, Arthur cumpria um importante papel de contenção, jogava de “zagueiro” tentando impedir o que já é ruim de piorar. Não era dos mais propositivos e assíduos legislativamente, é verdade, mas fiscalizava as práticas e gastos dos poderes com energia.

Adequar-se às regras do jogo para tentar entregar realizações mais rapidamente e trabalhar por reformas graduais é a estratégia da maioria dos parlamentares liberais — minha, inclusive. Ainda assim, confesso que estimo aos colegas que cumprem o papel de enfrentamento ao status quo. É importante tê-los no parlamento para equilibrar o jogo e nos dar mais campo de atuação. Arthur cumpria este papel, e bem.

Por isso, vejo com entusiasmo o surgimento de figuras como a de Lucas Pavanato, jovem ativista do Partido Novo, que cumpre este papel de questionar e enfrentar as velhas práticas e ideias, mas ao mesmo tempo, também admiro imensamente o deputado estadual Sérgio Victor, autor da lei de Código de Defesa do Empreendedor em SP e que tem um mandato estrelado de realizações. São figuras fundamentais e complementares.

É por isso que a cassação de Arthur deve ser encarada como derrota. Macula um bom trabalho feito e o próprio pensamento e ativismo liberal, inevitavelmente atrelado ao episódio. Precisamos continuar a nossa luta, mas não há absolutamente nada a se comemorar.

Foto: Reprodução/ALESP

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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