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Chega de desordem

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PEDRO RAFAEL*

No último final de semana, tivemos no Rio de Janeiro o triste episódio em que vândalos destruíram o bairro de Copacabana e a Polícia Militar ficou sem ter muito o que fazer. Há quatro anos venho me dedicando plenamente à vida pública e, desde então, converso e participo de constantes reuniões com moradores do bairro, que sempre alegam seus descontentamento com esses grandes eventos.

Mas vamos buscar fazer uma limonada. As gestões municipais, queiram ou não, sempre acabam cedendo para a realização dos eventos, muitas vezes obtidas por liminares na Justiça. Os eventos são programados e organizados com meses de antecedência, por suas produtoras, com patrocínios privados milionários e não há nada de errado, até aí.
Mas no caso de Copacabana, o que o bairro ganhou além de vandalismo e prejuízos?

Deveria haver uma cláusula na permissão do evento em que uma porcentagem do patrocínio fosse revertida no próprio bairro, de acordo com as necessidades locais. Além disso, outro ponto que poderia ser aplicado é, havendo depredação, seja em algo público ou particular, os organizadores pudessem ser responsabilizados. O custeio das equipes de segurança pública e conservação também deveria ser financiado pelos produtores.

Deveria haver uma cláusula na permissão do evento em que uma porcentagem do patrocínio fosse revertida no próprio bairro, de acordo com as necessidades locais

Acredito que, com essas imposições, muitos organizadores e produtores dos grandes eventos começariam a pensar duas ou três vezes antes de fazer qualquer outro mega evento. Bem organizados serão sempre bem vindos, mas o prejuízo não pode ser do cidadão, do bairro e nem do governo.

*Pedro Rafael é internacionalista

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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