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ConUNE ou ComUNE?

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Episódios vergonhosos contra a juventude liberal se repetem em eventos da UNE. Na Bienal ocorrida no Rio de Janeiro, estudantes foram agredidos fisicamente e tiveram sua bandeira de Gadsden vandalizada. Os agressores ainda se vangloriaram nas redes sociais pelo feito. No Congresso da UNE em Brasília, cenas similares se repetem com jovens stalinistas acuando, agredindo e expulsando os membros da UJL do congresso.

O que mais assusta é que no período das eleições o discurso da esquerda era de devolver a democracia ao Brasil. Mesmo com diversos casos de censura em andamento, mais da metade do país apostou nesse discurso. E, agora, o silêncio dos defensores dessa suposta democracia assusta ainda mais. Para que nossos jovens entendam que a política é feita de escuta, de diálogo, de negociação e de respeito pelo posicionamento alheio, é fundamental que nossos representantes sirvam de exemplo e se manifestem contra esses absurdos. Não apenas os do espectro liberal ao conservador, que já o fizeram, mas também aqueles que têm respeito e caráter para defender que a luta política seja feita de ideias. Afinal, já dizia Mises que “ideias e somente ideias iluminam a escuridão”. O silêncio da esquerda sobre tais acontecimentos nos leva a crer que apoiam a violência e o preconceito contra qualquer um que pense diferente.

Em meio a esse cenário catastrófico, os agressores chamam os agredidos de fascistas e ninguém da esquerda se manifesta para educá-los sobre o que é o fascismo ou como suas ações estão mais próximas desse tipo de regime do que as daqueles que defendem a liberdade. Nesse mundo invertido, a palavra fascista parece deboche, assim como a palavra democracia. Que democracia é essa em que só se pode ter uma ideologia sob o risco de apanhar?

Assim a mensagem do quadro “Adversário” da peça publicitária “Celebrate Humanity” se faz ainda mais necessária do que em seu lançamento nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sidney.

“Você é meu adversário,
Mas não é meu inimigo.
A sua resistência me dá força.
A sua força de vontade me dá coragem.
A sua determinação me enobrece.
Embora eu deseje derrotá-lo,
Se eu vencer não vou humilhá-lo.
Ao contrário, vou homenageá-lo.
Porque, sem você, sou um ser menor.”

Dito isso, espera-se que algum influenciador, alguma autoridade ou algum militante de esquerda venha a público para defender seus adversários políticos. Que alguém dê o exemplo de que é possível discordar sem coagir e prove que suas ideias são tão boas, decentes e dignas quanto seus discursos dizem ser. A esquerda que busca ser a imagem da virtude deveria pelo menos se preocupar em ser coerente e defender o direito de pensar diferente. Se esse direito já tiver sido extinguido, que ao menos tenham a coragem de declarar publicamente que o regime atual do Brasil é ditatorial ou pelo menos que o Congresso da UNE não deveria se chamar ConUNE, mas sim ComUNE, encontro dos comunistas da UNE onde outros espectros políticos não são permitidos.

*Por Yara Haquim, do Associada do IFL – Rio de Janeiro.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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