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Em nota, Ministério da Defesa reage a declarações atribuídas a Barroso

Carta assinada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira destaca que é "ofensa grave" insinuações sem a apresentação de provas
O presidente Jair Bolsonaro entre o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e o atual, Paulo Sérgio Nogueira (Foto: Agência Brasil)

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O Ministério da Defesa divulgou uma nota neste domingo (24) em que reage a declarações atribuídas ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, sobre o fato de as Forças Armadas estarem, supostamente, “orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral”. [1]

Divulgadas pela imprensa, as falas teriam ocorrido durante uma participação de Barroso em um evento de uma universidade estrangeira.

“O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas [as Forças Armadas] teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”, afirma a nota, assinada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira, também ex-comandante do Exército Brasileiro.

O ministro também pontuou que a afirmação, “sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”.

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“Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, diz o texto.

Veja, abaixo, a nota na íntegra:

Brasília (DF), 24/04/2022 – Acerca da fala do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante participação, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil, promovido por entidade acadêmica estrangeira, em que afirma que as Forças Armadas são orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral, o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia.

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.

As Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão. As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos.

As Forças Armadas, como instituições do Estado Brasileiro, desde o seu nascedouro, têm uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros. Elas se fizeram, desde sempre, instituições respeitadas pela população.

Por fim, cabe destacar que as Forças Armadas contam com a ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população. Assim, o prestígio das Forças Armadas não é algo momentâneo ou recente, ele advém da indissolúvel relação de confiança com o Povo brasileiro, construída junto com a própria formação do Brasil.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Ministro de Estado da Defesa

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