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SP: Poit fala em ser um governador ‘que focou na solução; e não que ficou mitando e lacrando’

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido Novo concedeu entrevista exclusiva ao Boletim da Liberdade no Instagram; confira os principais trechos abordados
Vinícius Poit (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido Novo, o deputado federal Vinicius Poit (NOVO/SP) concedeu na última terça-feira (25) uma entrevista exclusiva ao Boletim da Liberdade.

Ao jornalista Gabriel Menegale e ao especialista em gestão pública Rafael Leite, Poit abordou temas como vacinação, conjuntura eleitoral, como pretende se relacionar com a Assembleia Legislativa de São Paulo caso seja eleito e legado de um eventual mandato.

Confira, a seguir, os principais tópicos da entrevista:

Razão de concorrer ao governo

“Quem quer mudar a política, não tem hora certa, tem já. Eu me inspirei, quando vim para o meu primeiro mandato, [pela frase que diz] que o ‘preço que todos nós pagaremos ao não nos interessarmos por política é sermos governados por quem se interessa’. E aí me propus a ser deputado federal do zero, sem parentesco, sem participar de movimento nenhum, como cidadão comum. […] Não tem hora para mudar a política. Se for [pensar] pelas vias tradicionais, diriam que não faz sentido, que seria preciso se reeleger deputado federal, depois candidato a prefeito para crescer e em 2026 para governador. Mas se eu fosse seguir a lógica da política tradicional, talvez eu nem estaria aqui. Tenho, inclusive, um posicionamento contra a reeleição. Acho que a gente poderia acabar com a reeleição no Brasil, […] porque a maioria entra e já pensa como deve beneficiar o próximo mandato ou a próxima eleição. […] São Paulo carece de um governador que quer governar o Estado, recuperar o protagonismo e enxugar a máquina para parar de ter só um estado rico e um povo pobre; ou um governo rico, e um município pobre.”

Acertos e erros de Doria

“O acerto foi a questão do Butantan. A busca pela vacina, a priorização da vacina e da rápida imunização das pessoas é um ponto positivo. Agora a falta de prioridades no empreendedor, de proximidade, de senso de realidade acabou com a geração de empregos no estado de São Paulo. Tem vários maiores erros, mas sem dúvida o aumento de impostos, já que estamos aqui no Boletim da Liberdade, falando de liberal para liberal. […] Um governo que aumenta ICMS no meio da pandemia em vez de cortar da máquina e dos privilégios, aumenta para o povo na crise. Onde já se viu isso? Um governo que, em meio ao aumento médio do preço do carro em 23% aqui em São Paulo, não faz nada para segurar o preço do IPVA e deixa lascar no bolso do paulista o aumento do IPVA. O maior erro do governo foi aumentar o imposto, fazer caixa, deixar o povo pobre para o governo ficar rico e esse ano, com R$ 50 bi de investimentos, utilizar [o dinheiro] para fazer obra eleitoreira.”

Passaporte sanitário e obrigatoriedade da vacina

“Liberdade para as pessoas decidirem sobre suas propriedades, sobre seus estabelecimentos. Se o estabelecimento quer colocar alguém na porta verificando o passaporte sanitário, que coloque, e ele tem toda a liberdade para fazer isso. Se não tomou a vacina, que não entre [nesse] estabelecimento. Não sou eu, governador, que vou falar que ‘no teu restaurante, tem que vacinar’. Se o estabelecimento quer fazer diferente, a população que julgue. De repente eu, que tomei a vacina, vou olhar e falar ‘poxa, aquele lugar deixa entrar quem não está vacinado’, e aí prefiro ir em outro. E gente, vamos parar de história. Todo mundo, ao viajar para qualquer país, tem que apresentar [carteira] de vacina, vai matricular filho na escola, desde lá atrás, tem que apresentar a carteirinha de vacinação. […] Então [defendo] dar liberdade para a entidade privada sobre decidir o que vai ser feito, mas quando o assunto é o transporte público, eu concordo que é um tema muito mais delicado. Não tenho bala de prata para te dizer como é que seria a melhor forma aqui, mas sempre vou na linha da liberdade individual da pessoa. [Sobre] vacinação obrigatória, já é obrigatória muita vacina no Brasil. Quando a criança nasce, toma umas 30 tipos de vacina que são obrigatórias, então o que a gente vai ficar falando? […] Acho muito muito mais seguro as pessoas vacinadas, mas não defendo nada compulsório e acho muito mais legítimo para a sociedade colocar campanhas de vacinação na rua, conscientização do povo, mostrar os benefícios, tirar mitos e fake news que andam por aí. Mostrar dados.”

Alianças políticas e Felipe d’Avila

“Ser candidato pelo NOVO é a ‘porta estreita’ da política. Não vou interferir nos meus princípios e valores. Esse é o caminho que vou escolher. Não vou grudar em um presidenciável porque ele é o mais famoso, porque ele tem mais percentual de votos. Eu estarei com as pessoas que dividem princípios e valores comigo. O Felipe d’Avila é um cara espetacular, capacitado, inteligente, com propostas. É um cara que não precisa de Posto Ipiranga, Posto Petrobras, nenhum; aliás, a Petrobras é a primeira coisa que ele vai privatizar caso seja eleito presidente da República. É um cara que chega aqui e fala de plano de economia, fala de propostas sem precisar de ninguém para endossar ele. Assim como eu falo disso sobre o Estado de São Paulo e assim como a gente está falando aqui. Então não tenho medo desse desafio, é necessário coragem e princípio nos valores e princípios e firmeza para enfrentar. A gente pega os outros candidatos e… quem são os candidatos deles? Nenhum cravou candidatura ainda. […] Ninguém tem convicção mais na política. […] O Arthur possivelmente vai se filiar ao Podemos, mas como vai ser isso? Vão fazer acordo com o Garcia? Com o Doria? Uma hora está em um partido, outra hora está em outro. As pessoas trocam de partido como trocam de roupa. Respeito a candidatura tanto do Arthur como do Moro. Mas a política carece de convicção, de pessoas que enfrentam o mais difícil, que escolhem a porta estreita e, no meio disso tudo, eu tenho constância de propósito.”

Apoio do Legislativo

“Para aprovar reformas impopulares e ter o apoio do Legislativo, o governador não pode entrar pensando na reeleição. Porque ele vai tomar medidas pensando na popularidade, nos votos, no apoio que ele vai ter na Assembleia Legislativa. O governador, como já adianto e como fiz no meu mandato, que entra que diz que é contra a reeleição por princípio e diz que entra para deixar um legado já garante que as coisas andem muito mais diferentes. ‘Ah o deputado estadual tá pedindo favor, emenda extra, orçamento secreto? […] Não vai ter e vai ser exposto na opinião pública’. O governador que quer pensar na reeleição só pensa em si próprio e quer os louros só para si. […] Olha o que o governador Zema faz lá em Minas Gerais. Chama os deputados para estarem juntos. Aí a impopularidade baixa muito na Assembleia Legislativa, não precisa dar emenda nem dar cargo. O orçamento é do povo.”

Legado

“O legado que eu quero deixar é de alguém que trabalhou pelo Estado, que focou na solução, e não [que] ficou ‘mitando’ e lacrando. Esse é o legado que eu deixo no meu mandato como deputado federal. Fui o deputado mais transparente da história do nosso país por prestar contas, por inovar no sistema de emendas, por colocar critérios técnicos de emendas inteligentes; como um dos deputados mais econômicos, ou o primeiro, ou o segundo, ou o terceiro do país. Um deputado que aprovou o Marco Legal das Startups, governo digital, telemedicina, regularização fundiária urbana… com resultados. Se as pessoas lembrarem de um governador de São Paulo que deu resultado e que parou de firula e ficar brigando pensando na próxima eleição, eu sairei bastante satisfeito no futuro mandato”.

Assista, abaixo, a live na íntegra:

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