Uma estátua em homenagem ao bandeirante Manuel de Borba Gato, na zona sul de São Paulo, foi incendiada por manifestantes neste sábado (24). O ato provocou reações de influenciadores, entre eles personalidades do ecossistema pró-liberdade, que, em geral, condenaram a atitude. [1]
A estátua foi danificada por indivíduos que desceram de um carro e, segundo a Polícia Militar, atearam fogo em pneus na base do monumento. O fogo foi controlado rapidamente por uma equipe do Corpo de Bombeiros, não havendo registros de feridos ou presos até o fechamento desta matéria.
O vereador Fernando Holiday (NOVO/SP) argumentou que “é assim que a esquerda quer fazer política” e que “esse tipo de intolerância não cabe na democracia”. O jornalista Leandro Narloch, na mesma linha, ironizou: “Que absurdo o Borba Gato, uma pessoa do século 17, não ter se comportado conforme os valores do século 21!” [2] [3]
O cineasta Josias Teófilo questionou: “quanto tempo até começarem a queimar igrejas, que igualmente representam, segundo eles, o opressor branco? E quanto tempo para termos que ir armados à missa?” O escritor e professor Francisco Razzo afirmou que há defensores do ato que acham “o mausoléu do Lenin um templo do humanismo”. [4] [5]
Ironias históricas também marcaram presença na análise do coordenador do Movimento Brasil Livre, Renan Santos: “Essa esquerda canalha que taca fogo em estátua do Borba Gato é a primeira a ir pra Roma tirar foto no coliseu. Escravismo chique fica bonito no Instagram”. [6]
O também vereador Rubinho Nunes (PSL/SP) enfatizou que “não existe justificativa para incendiar bens públicos” e que os atores da ação conquistaram apenas uma “narrativa” para “a corja bolsonarista, afugentar pessoas decentes”, necessidade de “gastos para a prefeitura” e a “propagação do nome ‘Borba Gato'”. [7] [8]
O deputado estadual Arthur do Val (PSL/SP), dono do canal Mamãe Falei, qualificou o gesto como “tentativa canalha de reescrever a história com violência”. Ele tratou de ressaltar que “não se trata de defender Borba Gato, mas de proteger a história de São Paulo” e que usará “todos os recursos” para isso. [9]
Em sentido contrário, houve influenciadores que saudaram o incêndio. O youtuber Felipe Neto bradou: “Fogo nos genocidas!”. A jornalista e redatora Monica Seixas, filiada ao Partido Socialismo e Liberdade, assim como outros ativistas, proclamou que Borba Gato era um “genocida” e que o ato foi realizado pelo “grupo Revolução Periférica”. [10] [11]