O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), foi expulso do DEM por unanimidade pela Executiva Nacional da sigla. A informação veio à público na noite desta segunda-feira (14). [1]
O motivo alegado da expulsão, segundo o jornal “O Globo”, teria sido “infração disciplinar”. Maia referiu-se a ACM Neto como um “baixinho que não tem caráter” e “Torquemada Neto”.
A indisposição entre Maia e Neto, presidente nacional da sigla, surgiu após a fracassada tentativa do político do Rio de eleger um sucessor na Câmara. Na ocasião, o DEM rachou e acabou liberando o voto dos deputados.
Maia viu no gesto uma articulação do ex-prefeito de Salvador e chegou a sugerir que teria havido negociação de Neto com o governo para apoiar a eleição de Arthur Lira (PP/AL) para a Casa.
A saída de Maia do partido, contudo, está longe de ser ruim para o político carioca. Maia já havia manifestado desejo de sair da legenda, abrindo linhas de conversas com o MDB e o PSD, mas deve migrar para o partido de Gilberto Kassab. A expulsão lhe permite mudar de partido sem perder o mandato.
De acordo com a jornalista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, Maia também considera se aproximar da esquerda.
Em encontro no Rio de Janeiro na última sexta-feira (11), segundo Gaspar, Maia teria tido uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se colocado à disposição para ajudá-lo para 2022. Petistas teriam considerado que o político também deseja se credenciar ao posto de candidato a candidato a vice. [2]