O Partido Novo criticou duramente nesta quinta-feira (6) um episódio envolvendo o deputado estadual Bartô, de Minas Gerais. No último sábado (1º), o parlamentar foi gravado participando de uma ação da Polícia Militar, em Belo Horizonte, que prendeu um cidadão que teria hostilizado os atos de apoio ao governo. [1]
“A atitude de Bartô é vergonhosa e completamente incompatível com a de um servidor público, especialmente do NOVO, partido que foi fundado para transformar o Brasil em um país admirável”, classificou a sigla.
Na sequência, o partido informou que “o Diretório Nacional já tomou as medidas cabíveis junto à Comissão de Ética Partidária para punir adequadamente este ato deplorável, que desrespeita o Estado de Direito, a Constituição e o Estatuto do NOVO”.
Em alguns veículos de comunicação de Minas, havia sido informado que a ação que o parlamentar participou teria violado, sem mandado, a residência do indivíduo. Bartô, porém, havia negado a afirmação em discurso no plenário divulgado no último dia 4, ressaltando que houve autorização para ingresso no imóvel.
Ele reiterou também que não identificou-se, em nenhum momento, como deputado e apenas acompanhou a ação na condição de cidadão. [2]
O deputado estadual também frisou, na ocasião, que o indivíduo foi detido não por jogar objetos, mas por suposto desacato a autoridade, e pontuou que não concorda com todas as pautas do ato que participou no dia 1º.
“Todo esse acontecimento foi dado em cima de uma manifestação bolsonarista que tratava claramente de três pautas: ‘eu autorizo o presidente’, a qual eu não concordo; ‘voto impresso’, a qual eu sou totalmente favorável, dado tem uma boa parte que tem dúvidas [sobre o processo eleitoral] […]; e a terceira pauta, a ‘liberdade de trabalho’. Aqui, vemos a manifestação com maior viés liberal já vista, que era pedir a liberdade de quem quer trabalhar – e todo trabalho é essencial. Sendo assim, foi uma manifestação de direita, a qual eu sempre estarei do lado”, destacou.
Em nota divulgada após a manifestação institucional do NOVO, o deputado estadual Bartô protestou por não ter, segundo ele, sido procurado pela direção do partido para tratar do assunto.
“Causa-me estranheza um partido que se diz prezar pelo Estado Democrático de Direito sequer ouvir o outro lado antes de fazer julgamentos, inclusive, baseados em notícias midiáticas. […] Reforço que repudio todo e qualquer ato de agressão, sendo dever do cidadão evitar que esse tipo de ação seja praticada por qualquer pessoa, independente de sua ideologia”, pontuou. [3]
Ao fim, Bartô criticou o NOVO, dizendo que a sigla “se aproxima da esquerda e persegue quem é da direita”.