As saídas de nomes como Paulo Uebel, ex-secretário de Desburocratização, e Salim Mattar, ex-secretário de Desestatização, do governo de Jair Bolsonaro foram lamentadas por muitos liberais. No entanto, neste sábado (12), em entrevista à Folha, Uebel ofereceu uma perspectiva positiva sobre a própria saída. [1]
De acordo com a avaliação de Uebel, a saída pode ter contribuído para estimular uma aceleração do debate sobre o assunto e a apresentação da proposta do governo ao Parlamento. “Eu acho que a minha saída contribuiu para o debate. Trouxe luz para o tema e mostrou um alto apoio popular, e também da imprensa, sobre a importância da reforma administrativa”, ponderou.
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Ainda segundo a leitura de Uebel, a sequência dos acontecimentos pode ter favorecido dentro do governo a corrente que sustentava o envio mais rápido da proposta. “Eu acho que isso deu conforto para o governo de enviar a reforma administrativa neste momento. Tinha muitas pessoas, inclusive dentro do governo, que diziam que o presidente só deveria enviar no ano que vem, depois das eleições municipais, depois das eleições das duas casas do Parlamento. Então, na minha opinião, contribuiu para antecipar.”
A reforma administrativa proposta pelo governo abrange todos os funcionários públicos que ingressarem ao serviço após sua eventual promulgação. As exceções são parlamentares, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores, promotores, procuradores e militares.
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