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Bolsonaro confirma ter autorizado notificação a empresários, mas nega intenção em controlar preços

Presidente alegou que foi orientado a tomar decisão pelo ministro da Justiça, André Mendonça, mas que o objetivo poderia inclusive ajudar o próprio governo a compreender se 'o errado somos nós'
Jair Bolsonaro (Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

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Jair Bolsonaro (Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite desta quinta-feira (10) que, de fato, foi ele quem autorizou que o Ministério da Justiça notificasse supermercados para compreender as razões do aumento de preço de alguns alimentos. [1]

Na última quinta-feira, a Secretaria Nacional do Consumidor, ligada à pasta do ministro André Menonça, solicitou esclarecimentos à Associação Brasileira de Supermercados e a “representantes do setor”, incluindo 65 redes varejistas, sobre a alta de preços dos produtos que constituem a cesta básica, segundo divulgou o jornal Folha de S. Paulo. A medida, claro, gerou polêmica. [2]

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Apesar de ter admitido a autorização, Bolsonaro pontuou que seu objetivo não foi planejar qualquer tipo de coação ou futuro tabelamento, o que vinha sendo especulado nas redes sociais a despeito do posicionamento supostamente liberal do governo.

“[Solicitei] porque, ao chegar a resposta, pode ser que o errado somos nós. Pode ser o governo, daí o governo toma providência e ponto final”, tranquilizou o presidente.

Contexto

Uma das medidas já adotadas pelo governo no sentido de enfrentar e impedir a alta de preços em plena pandemia foi reduzir a zero a taxa de importação do arroz.

Durante transmissão ao vivo em que justificou a medida, Bolsonaro pontuou que a alta de preços pode ter sido causada pelo aumento da demanda em decorrência do auxílio-emergencial e também pela alta do dólar, o que facilitaria as exportações do gênero alimentício.

De acordo com o Índice de Preços para o Consumidor (IPCA), o valor cobrado pelos alimentos aumentou 8,83% nos últimos 12 meses, enquanto que todas as categorias tiveram alta de apenas 2,44% Arroz, feijão preto e óleo de soja chegaram a subir acima dos 18%. [3]

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