
A Folha de S. Paulo publicou nesta sexta-feira (21) um editorial em que discute a possível pretensão do presidente Jair Bolsonaro de infringir a emenda constitucional do teto de gastos. O texto compara o presidente da República à ex-presidente petista Dilma Rousseff. [1]
O artigo começa reconhecendo que Bolsonaro não seria o primeiro presidente “a flertar com a elevação sem limites do gasto público por acreditar que, mais adiante, a gastança possa pavimentar um caminho seguro à reeleição”, o que tem sido, para o editorial, “a praxe nacional desde o restabelecimento da economia”. O jornal destaca, no entanto, que a última presidente eleita, Dilma, “levou a fórmula aos limites da capacidade do Tesouro e da lei”.
O gesto “resultou na maior crise econômica em gerações e lhe custou a perda do segundo mandato”. Para a Folha, isso “deveria bastar para que ensaios de programas redentores de obras públicas e de assistência social” não fossem cogitados. O veículo receia que o presidente atual deseje “driblar o teto de gastos” para investimento em infraestrutura e programas sociais “para agradar o eleitorado pobre do Nordeste e de outras regiões”.
O movimento também estaria sendo estimulado, na visão da Folha, pela ala militar do governo e pela aliança com o grupo difuso de parlamentares conhecido como “Centrão”. Para o jornal, Bolsonaro, se adotar esse caminho, “por motivo supostamente social ou desenvolvimentista”, estará fazendo uma “manobra insensata” e “contratando uma crise futura”, colocando a estabilidade econômica conquistada nas últimas década em risco.
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