
Mesmo identificando-se como jornalistas, dois repórteres da revista Veja foram detidos nesta sexta-feira (14) pela Polícia Militar da Bahia enquanto investigavam a morte do ex-capitão Adriano da Nóbrega, morto em operação policial no estado e foragido por envolvimento com milícias no Rio de Janeiro. O criminoso, como se sabe, também estava envolvido na investigação que apura a morte da ex-vereadora Marielle Franco. [1]
Em seu site, a revista afirmou que a detenção se deu mesmo após uma revista pessoal e que a polícia chegou a apreender o gravador do jornalista que continha “diversas entrevistas feitas ao longo do dia”.
No jornalismo, a medida é considerada grave – inclusive porque o direito ao sigilo da fonte é resguardado pela Constituição.
Levados à delegacia, os jornalistas foram interrogados por agentes da Polícia Civil e, após uma sessão de perguntas, o gravador foi devolvido. Um dos agentes afirmou que a abordagem teria sido uma “medida de segurança”.
Reações
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, considerou a detenção “inadmissível, arbitrária e abusiva” e que “deve receber repúdio de todos que defendem a liberdade de imprensa e de expressão”. [2]
Nas redes sociais, a associação liberal Livres também se manifestou. Classificando o episódio como um “ataque à liberdade de imprensa no Brasil”, a entidade afirmou que “nada justifica a detenção de repórteres e a apreensão de gravadores em pleno exercício da atividade profissional”.
O Livres destacou, ainda, que “a imprensa livre é pilar fundamental da democracia liberal”.
Obrigado por ter lido até aqui.
O Boletim da Liberdade tem um propósito: reportar diariamente fatos sobre a liberdade no Brasil e no mundo…
…mas nós precisamos da sua ajuda para continuar esse trabalho.
Se você consome e aprecia nosso conteúdo, considere fazer uma assinatura. Com a sua contribuição, você ajuda a manter o site no ar (os custos são realmente altos) e ainda possibilita o nosso crescimento. Além disso, recebe benefícios exclusivos. Temos vários projetos na mesa que só serão viabilizados com maior quantidade de assinantes. Saiba mais e assine agora mesmo.