
O procurador-geral da República nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, Augusto Aras, continua no centro de questionamentos dos entusiastas da Operação Lava Jato. Ele fez novos comentários em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (7) que sugerem alguma disposição por levar a sério as mensagens da chamada “Vaza Jato”.
Aras disse ter recebido o material das mensagens vazadas pelo site The Intercept e que o conjunto será avaliado. Para ele, “vários colegas já validaram conteúdos”, inclusive “através da imprensa. Então é preciso que nós tenhamos a compreensão de que o assunto guarda certo grau de sensibilidade e com grandes repercussões para o direito e especialmente para os processos onde já há condenação”.
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O procurador acrescentou que “certo personalismo foi imprimido à Lava Jato”, o que teria sido prejudicial ao Ministério Público como instituição “contra majoritária”. Aras considera que a celebridade conquistada por alguns dos integrantes da Lava Jato pode ter gerado “um projeto de poder político que é estranho à figura do Ministério Público Federal”.
Esse projeto, para Aras, se comprova em “excessos” como demoras em prisões e medidas cautelares “meramente simbólicas” – acusações que Aras faz sem citar nomes. A “Vaza Jato” é um apelido para o conjunto de conversas envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, roubados por uma operação hacker e divulgados na página virtual comandada pelo jornalista americano Glenn Greenwald. Confira a entrevista:
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