Josias Teófilo diz que sempre foi a favor de recursos públicos para o cinema
Diretor aluno de Olavo de Carvalho explicou em entrevista a jornal que a produção que prepara não será sobre Jair Bolsonaro e sustentou que financiamento coletivo demora muito tempo
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Roxane Carvalho e Olavo de Carvalho. (Foto: Divulgação)
O diretor conservador Josias Teófilo, que se envolveu em polêmica recente após ter a autorizada a captação de recursos pela Lei Rouanet para seu novo documentário, afirmou nesta sexta-feira (26) que “sempre foi a favor” do uso de dinheiro público no cinema. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo. [1]
“Se você perguntar na rua o que as pessoas acham sobre isso, vão dizer que são contra. Só que o orçamento da cultura é tão baixo que o governo nem mexe muito na área quando anuncia cortes. As pessoas não entendem como as coisas funcionam, é muita desinformação. Isso é péssimo. Aí vejo um sujeito de direita falando que recursos públicos têm que ir apenas para coisas consagradas, como orquestras, óperas, poesias. E como financiar as obras que virão? Como serão reconhecidas?”, disse.
Teófilo, que é aluno de Olavo de Carvalho e foi quem dirigiu o filme O Jardim das Aflições (2017), afirmou ser contrário à extinção da Ancine e ainda advogou que Bolsonaro estaria “mal assessorado” quando o assunto é cinema.

Questionado sobre porque não fazer novamente um financiamento coletivo para bancar seu novo filme, cujo nome é Nem tudo se desfaz e trata da “revolução conservadora” que emergiu no Brasil, Teófilo sustentou que o processo demora muito tempo.
“O novo filme é resultado de sete meses de trabalho. Agora querem cancelar tudo e fazer crowdfunding? Por quê? Apesar disso, não descarto esse recurso, porque o orçamento do documentário é de R$ 550 mil, o que ainda é pouco. Quero usar imagens de arquivo e isso custa dinheiro. O presidente lançou uma incerteza sobre meu filme. Se patrocinadores pularem fora, eu pego um avião e saio do país”, falou.
Nem tudo se desfaz promete ser uma alternativa conservadora ao filme de Petra Costa, Democracia em Vertigem, lançado no Brasil pela plataforma Netflix. Isso porque o filme deve abordar os acontecimentos recentes da história brasileira, entre os protestos de junho de 2013 e a eleição de Jair Bolsonaro, mesmo período enfocado na produção de Petra.
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