Ministra de Dilma também afirmou que Brasil tinha atingido a meta de ‘superar a fome’
Documentos divulgados pela ONU vem indicando redução progressiva da fome no país desde 2003, mas em nenhum momento apontam sua extinção
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A semana que passou foi de declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro – uma delas a de que não existiria fome no Brasil, proferida na última sexta-feira (19), de que ele se retratou no mesmo dia. Um detalhe interessante é que uma ministra do governo Dilma havia dito, já em 2014, que a meta de superar a fome no país havia sido atingida. [1]
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome à época, Tereza Campello, afirmou, no dia 16 de setembro daquele ano – às vésperas da eleição que levaria a presidente petista ao seu segundo mandato, encerrado antes do prazo pelo processo de impeachment: “Superar a fome era uma das principais metas do estado brasileiro e isso foi possível”.
Embora Tereza tenha dito que a fome havia sido “superada”, na verdade ela estava comemorando um relatório da ONU apresentado em Roma, dando conta de que, nos últimos dez anos, o Brasil havia reduzido pela metade a quantidade de pessoas vitimadas pela fome. A taxa havia caído, segundo a ONU, de 10,7% para menos de 5% desde 2003.
O relatório atual da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), o mesmo documento à época festejado pelo governo Dilma como representando a superação da fome, indica que o Brasil já tem menos de 2,5% da população em situação de desnutrição (a organização não fornece detalhes dos dados de países com índices abaixo de 2,5%). Antes disso, em 2018, a ONU estimava que os desnutridos no Brasil estavam em menos de 5,2 milhões entre 2015 e 2017. [2]
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