A Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara deve começar a votar nesta semana o relatório do deputado federal Samuel Moreira (PSDB/SP) sobre o tema. Diante do esforço para que o projeto vá à Plenário ainda no primeiro semestre, grupos de policiais federais pressionam no último minuto o governo e a base governista para abrandamento das regras de transição para a categoria. [1][2]
Líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vigor Hugo (PSL/GO) afirma que será possível incluir nova regra em complemento de voto do relator, defendendo a medida pela “especifidades das carreiras policiais”. A medida é apoiada por parlamentares ligados à segurança pública, boa parte do PSL, mas não é abraçada ainda pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.
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Sobre o impacto fiscal, Major Vitor Hugo estima que, se aprovada nova regra, seriam apenas R$ 4 bilhões a menos na economia desejada por Guedes ao longo de dez anos.
“Se houver desidratação da proposta, será a menor possível”, afirmou. Ao todo, circula a informação que se não houver abrandamento de regras para os policiais federais, é possível que o governo perca 32 votos no Plenário – uma quantidade significativa para quem precisa de 3/5 dos votos para que a PEC da reforma da Previdência seja aprovada.
Para pressionar os deputados para incluir o afrouxamento das regras de transição, nesta segunda-feira (1º) um grupo de policiais começou um acampamento no salão verde da Câmara em favor da medida. Em determinado momento, chegaram a gritar “Bolsonaro traidor”, diante da pouca flexibilidade do Poder Executivo em abraçar a proposta.
“Não estamos aqui [acampados] para ofender os deputados. A única fala que houve aqui foi contra o Bolsonaro. Muito disso foi culpa dele. Ele sancionou o texto. Ele não está governando porra nenhuma, é uma marionete”, criticou um policial em conversa com o deputado federal Luis Miranda (DEM/SP), que prometeu apoio ao grupo. [3]
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