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Petista Márcia Tiburi diz ter saído do Brasil por sofrer ameaças de morte

A autora de "Como conversar com um fascista" disse que não aguentou mais a pressão e a perseguição de "milícias midiáticas", "armadas" e "milícias da maledicência"
Marcia Tiburi (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

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Marcia Tiburi (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

O ex-deputado psolista Jean Wyllys não é o único político autodeclarado de esquerda no Rio de Janeiro a abandonar o país neste começo de 2019 alegando perseguições e ameaças. Em entrevista ao Uol, a ex-candidata a governadora do Rio de Janeiro pelo PT, Márcia Tiburi, disse que seguiu o mesmo caminho. [1]

“Eu não podia ir a uma padaria, recebia ameaças de morte, não dava para viver assim”, ela disse, alegando que está residindo em Pittsburgh com fins acadêmicos e se mudará para Paris. Tiburi disse que ama o Brasil, mas o ambiente político impossibilitou sua permanência. A escritora, autora de Como conversar com um fascista, mencionou o MBL na conversa.

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De acordo com ela, desde que se recusou a debater com Kim Kataguiri, coordenador do movimento e atualmente deputado federal pelo DEM, as ameaças começaram. Isso estaria inviabilizando seus eventos literários e o MBL seria um dos incitadores da perseguição. Tiburi considerou que é vítima de “milícias midiáticas, milícias armadas” e “milícias da maledicência”.

“Um dia eu caí na besteira de entrar no metrô em São Paulo. Fui atacada por um cara que gritava comigo: ‘eu tenho orgulho de ser fascista! Eu tenho orgulho de ser fascista’. Foi muito assustador porque o sujeito caía no estereótipo mesmo de um fascista, fisicamente até”, ela exemplificou. Tiburi concluiu dizendo que, pelo menos por enquanto, não tem planos de retornar ao Brasil.

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