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Olavo de Carvalho critica ‘nova direita’ em entrevista à Folha e rejeita o rótulo de ‘ideólogo de Bolsonaro’

O filósofo e escritor criticou bastante a matéria da jornalista Isabel Fleck, acusando-a de distorcer suas respostas com "simplificações pueris"

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(Foto: Reprodução / Mídia Sem Máscara)

O filósofo e escritor Olavo de Carvalho foi tema de matéria da Folha de S. Paulo, assinada pela jornalista Isabel Fleck. O título atribui a Olavo uma posição que ele nega veementemente: a de “ideólogo” da plataforma política de Jair Bolsonaro.

De acordo com a matéria, Olavo teria dito que fez “todo o possível para que existisse uma direita no Brasil”, mas não saberia definir o que é a “nova direita” atualmente como corrente de pensamento. Olavo teria dito ainda que quer que a nova direita “se dane” e que ela consistiria em “um bando de picaretas”.

Tendo sido citado por Bolsonaro como uma de suas referências, Olavo também teria respondido favoravelmente a um convite para aconselhá-lo antes das eleições, mas o político nunca o teria procurado depois disso. Ainda assim, Olavo confirma que votará em Bolsonaro, o único candidato que teria um programa nacional, enquanto os demais estariam subordinados a agendas internacionais – por exemplo, João Doria, o prefeito de São Paulo, representaria “o discurso multicultural da nova ordem global”, enquanto Ciro Gomes, do PDT, “já teve demonstração de apoio do Partido Comunista da China”.

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“É preciso encontrar o caminho pelo qual o Brasil possa deslizar por entre as malhas da dominação globalista e preservar um pouco da sua soberania, da sua identidade, da sua cultura”, disse Olavo, que ainda teria feito críticas ao MBL, defendido que os conservadores podem ficar mais fortes através das divisões internas e atacado a exposição do Museu de Arte Moderna de São Paulo que exibia um homem nu sendo tocado por uma criança.

Olavo rebate a reportagem

O próprio Olavo não ficou nada feliz com o resultado da matéria. Ele definiu o ato de dar uma entrevista à Folha como “confirmar, uma vez mais, a definição enunciada por Mário Vargas Llosa: ‘O jornalismo é uma máquina na qual entra um homem e sai um hambúrguer”.

Olavo afirmou que a conversa com a repórter teve duas horas e 46 minutos e, em vez de reproduzir fielmente seu conteúdo, a jornalista se limitou a transformá-lo “no estereótipo que ela já trazia pronto na cabeça antes de tocar a campainha” da sua casa: o de “ideólogo de Bolsonaro”. Uma ideologia, define Olavo, “é o discurso justificador de um programa político definido, criado no seio de uma organização partidária específica, com um claro projeto de sociedade e uma estratégia determinada para a conquista e o exercício de poder”.

Como Olavo lembra, a própria matéria afirma que o filósofo desconhece as minúcias do programa político de Bolsonaro, só anunciando intenção de votar nele “por simpatia pela sua comprovada honestidade pessoal e pelo caráter nacional da sua candidatura em face de dois concorrentes obviamente associados a esquemas de poder internacionais”.

Para refutar as distorções, Olavo disponibilizou na íntegra o vídeo com a entrevista concedida à jornalista Isabel Fleck. Segundo ele, seria “trabalhoso demais corrigir uma por uma as distorções e simplificações pueris que a repórter impôs” às suas palavras. Confira a gravação aqui.

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