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Conheça a ousada estratégia eleitoral do NOVO – e as oportunidades que ela cria

Legenda teria um projeto ambicioso para formar já em 2018 uma bancada de deputados federais composta de 5 a 15 parlamentares e deve abrir mão de lançar candidatos a governador e deputado estadual
Carmen Migueles e os candidatos a vereador do Rio foram à orla de Ipanema, juntos, fazerem campanha no dia que o partido comemorava 1 ano de registro no TSE. (Foto: Reprodução / Facebook)
Carmen Migueles e os candidatos a vereador do Rio foram à orla de Ipanema, juntos, fazerem campanha no dia que o partido comemorava 1 ano de registro no TSE. (Foto: Reprodução / Facebook)

Menos de dois anos após sua fundação, o Partido Novo já mostrou ser, na prática, uma das legendas mais originais do cenário partidário brasileiro. Além de não utilizar recursos advindos do fundo partidário e executar um processo seletivo para a escolha de seus candidatos, a agremiação também adotou uma estratégia eleitoral no mínimo inusitada em 2016: lançou candidaturas próprias em apenas cinco municípios (o Brasil tem mais de 5 mil) e, dentre eles, houve apenas uma candidatura a um cargo executivo – o da professora Carmen Migueles, à prefeitura do Rio de Janeiro.

Diante do quadro de instabilidade política e crescimento da participação de liberais nas eleições, muitos questionamentos estavam sendo feitos a respeito da estratégia da legenda para 2018. O economista Erich Tavares, ex-presidente do NOVO em São Paulo, porém, esclareceu por meio um artigo boa parte daquilo que o partido tem planejado para as eleições gerais que devem ocorrer no próximo ano.

Governador e Deputado Estadual

Segundo Tavares, o NOVO não pretende lançar nenhum candidato para disputar o cargo de governador ou de deputado estadual. O objetivo seria centrar esforços na bancada federal. Embora seja uma estratégia curiosa, essa seria uma questão já compreendida e bem resolvida internamente. Nesse cenário, os simpatizantes do partido estarão liberados para votar em candidatos de outros partidos para essas posições.

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Se confirmada a estratégia, trata-se de uma oportunidade para quadros com ideias mais liberais que pretendem concorrer em outras legendas, como o PSL/Livres. Afinal, haveria contingente significativo de votos fiéis ao NOVO que poderiam ser disputados.

João Amoedo, presidente do Novo (Foto: Reprodução / Portal Minas)
João Amoedo, presidente do Novo (Foto: Reprodução / Portal Minas)

Presidente 

O partido deve mesmo lançar candidato próprio à presidência da república, mas dificilmente algum quadro conhecido como especulado pela grande imprensa. A legenda compreende que as chances de se chegar ao segundo turno é próxima de zero, pois haverá pouco tempo de televisão, não deve participar dos principais debates eleitorais e, de quebra, o caixa estará curto. “Entenda essa candidatura como algo inicial”, explica o economista.

Senadores e Deputados Federais

O NOVO tem um grande objetivo para 2018: formar uma bancada significativa em Brasília. Tavares revela que o partido quer construir uma “sólida bancada federal”, fazendo de 5 a 15 deputados federais e entre uma e duas cadeiras no Senado. Ele explica que o caminho é diferente do que outros partidos pequenos costumam fazer, priorizando cargos menores.

Pontos Chaves da Estratégia

Tavares também explicita em seu artigo os pontos mais relevantes que o partido pretende se apoiar para alcançar os objetivos. Primeiramente, a legenda não quer cair no erro de lançar nominatas com poucos candidatos. “Muitos candidatos trabalhando em conjunto fortalece a chapa, cria um clima positivo nos apoiadores e filiados e aumenta o ponto de contato nas zonas eleitorais”, explica.

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Um segundo aspecto que a legenda deve continuar apostando é no processo seletivo. Para Tavares, ele deve ser rigoroso, pois o retorno de votos em cada zona eleitoral tende a ser superior. “A construção de um time capacitado sensibiliza o eleitor e faz com que ele recomende fortemente os nossos candidatos aos seus amigos e familiares”.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O economista também sustenta a relevância das ideias. “Diferente dos demais partidos que visam nomes puxadores de voto, o NOVO acredita que os votos são puxados por boas ideias”, argumenta. O trabalho na pré-campanha deve envolver um bom treinamento dos candidatos, para que sejam capazes de dialogar com todas as classes sociais. “Atestamos que as ideais que defendemos encontraram acolhida em todas as regiões da cidade independente da faixa de renda dos eleitores”.

Tavares também diz que o NOVO considera ter “nomes fortes”, desde que ideologicamente alinhados, para disputar cargos chaves. Mas isso não deve ocorrer em cargos de improvável eleição, como governador ou presidente, mas para aqueles onde a candidatura forte teria grande probabilidade de vitória, gerando um efeito positivo em toda nominata. Nesse sentido, é possível levar em consideração que o técnico de voleibol e empresário Bernardinho, já filiado ao NOVO, em vez de ao governo do estado, possa ser candidato à deputado federal ou senador.

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O partido pretende ainda colocar seus vereadores eleitos em 2016 na linha de frente para demonstrar o trabalho do partido. “Divulgar as ações de cada vereador, deve ser um mantra diário, pois isso mostrará para as pessoas que estão esperando ‘ver para crer’ que o NOVO é diferente e que entrega aquilo que promete”, justifica. O mesmo pode se dar com os dois secretários municipais de São Paulo que são filiados à legenda. “Eles representam a aplicação prática da força das nossas ideias”

Por fim, uma última estratégia relevante do partido é profissionalizar cada vez mais seu time de estrategistas. Isso pode se dar, segundo Tavares, com o investimento na formação e na remuneração dos dirigentes do partido (que hoje fariam um trabalho voluntário) ou então, como teria ocorrido em São Paulo, com a contratação de estrategistas políticos externos. “Expertise é algo que se adquire, mas isso leva tempo e se você não tem tempo, vá ao mercado contratar quem possui essa expertise, desde que compartilhe dos seus valores”, salienta.

Leia o artigo na íntegra aqui.

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