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Deu confusão, de “Novo”!

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Político mineiro não gosta de confusão, por isso, decide tudo e qualquer coisa antes das reuniões marcadas para decidir.

Político mineiro é bom de conversa nos bastidores e só sobe no palanque depois de combinar os discursos que fará. Em algumas oportunidades, até mesmo com os adversários.

Político mineiro não surpreende os pares, para poder, com segurança, surpreender o público e buscar, pela surpresa, a imagem de gente decidida.

Por ter essa personalidade, os políticos mineiros ocuparam a vice-presidência de quase todos os presidentes militares. José Maria Alckmin foi Vice-Presidente de Castelo Branco. Pedro Aleixo, de Costa e Silva e Aureliano Chaves de Figueiredo. Pedro Aleixo, quando escanteado pelo triunvirato soberbo, ficou em silêncio até a morte e Tancredo conduziu, com segurança e nos bastidores, a travessia do mar vermelho de sangue.

Mas, a polarização das campanhas presidenciais tirou do sério até os mineiros. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema, um quadro do Partido Novo, aprontou confusão.

Primeiro, em casa e depois na casa dos outros. Em casa, por causa da aliança que fez com o Partido Progressista, que, a nível nacional tem uma história confusa e apoia a reeleição de Jair Bolsonaro. João Amoedo e a vereadora Cris Monteiro, de São Paulo, gritaram. O Boletim da Liberdade noticiou.

Na casa do Partido Cidadania e do PSDB, Romeu Zema também criou confusão, quando sugeriu que o jornalista Eduardo Costa assinasse a ficha de filiação no Cidadania para ser candidato a vice na chapa dele.

O Cidadania acertou com o PSDB e Eduardo Costa pulou fora. Romeu Zema tentou acalmar os ânimos.

Aos trancos o partido Novo segue amadurecendo, por ser formado com gente de fora da política tradicional, que, com convicção e boa-fé, vê nos políticos algo inescrupuloso e longe do povo.

Mas, devagar a turma percebe que ideologias e boa vontade sem poder são peças de oratória e poesia.

Sabe-se, no mundo democrático, que as alianças acontecem para que os governos funcionem, depois que os partidos, na disputa eleitoral, demonstram ter tamanho nos parlamentos para impor ou travar o trabalho do Executivo. Firma-se o respeito pela representação das minorias nos votos votados.

A novidade está nas composições de quem disputa o Poder Executivo, antes mesmo do pronunciamento dos eleitores. Daí, quando chega o tempo de compor os governos, as alianças eleitorais ficam para trás e se transformam no jogo de chantagens que se tem conhecimento.

O partido Novo pode construir um modelo diferente de composições, no lugar de, exclusivamente, abominá-las. Pode levar os filiados que chegaram ao poder à compreensão de que as alianças fazem sentido para governar e não para vencer eleições. Quando se faz alianças antes do pronunciamento das urnas, corre-se o risco de comprar gato por lebre.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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