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A conta não irá fechar

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Por Amanda Cornélio

Estamos sempre procurando características comuns uns com os outros para criar laços de reconhecimento de identidade. Nos agrupamos pelo time pelo qual torcemos, pelo esporte que praticamos, pelo tipo de entretenimento que procuramos e, principalmente, pelos valores que prezamos. No Brasil, está faltando uma identidade: a dos pagadores de impostos. 

O um por cento da população mais rica dos Estados Unidos, em 2020, participou com um quarto do rendimento da economia norte-americana, pagando quase metade dos impostos. Os 50% mais ricos pagaram 97,7% de todos os impostos federais sobre o rendimento individual, enquanto os 50% mais pobres pagaram o restante. Não à toa, os americanos se reconhecem em grupos para proteger a nação, os pagadores de impostos, dos males do Estado. Cenário que se repete ao redor do mundo, o governo é sustentado por aqueles que geram riqueza.

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Com o sensacionalismo da mídia, é fácil direcionar ódio aos bilionários como vilões causadores de todo o mal do planeta; difícil é fundamentar tal aversão quando a matemática entra em cena. E matemática, infelizmente, não é o forte da nossa população: três quartos dos estudantes brasileiros não atingem o nível mínimo de desempenho na disciplina de matemática. Hong Kong, por sua vez, tem essa proporção para a quantidade de alunos que atingem ótimos níveis de proficiência na disciplina, enquanto 1% dos estudantes brasileiros atinge tal patamar. Não é mera coincidência a luta deles para manterem-se autônomos perante a tirania do Estado ditatorial vizinho.

A lógica objetiva não irá vencer em um ambiente em que o mínimo não é possível de ser compreendido; a grande massa brasileira continuará não entendendo a relevância dos impostos que paga. Os trabalhadores que atravessam cidades em transportes públicos de baixa qualidade para trabalhar ganhando dois salários mínimos no final do mês, embora estejam entre a metade da população mais rica do país, não se reconhecem como pagadores de impostos responsáveis por sustentar uma casta criminosa em Brasília. Enquanto isso, o principal problema do Brasil será o bilionário Elon Musk, o cidadão americano que mais pagou impostos na história de seu país, escrevendo posts em sua rede social. 

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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