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Na dúvida, o eleitor não ultrapassa

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Materializado na oratória, nos artigos a publicar, numa mensagem postada nas redes sociais, em sites ou outras mídias, o fato mais importante a considerar na elaboração do discurso político nasceu em David Hume, filósofo britânico. Ele observou o óbvio: a maioria das pessoas busca através das decisões delas (e votar é uma decisão) o interesse próprio, não um interesse público (de todos). Assim entendeu também, no campo econômico, Adam Smith. É o que se tem da leitura da obra “Natureza e Causas da Riqueza das Nações”.

Quando vota para escolher quem o representará em qualquer das funções públicas, o eleitor não age diferente do que faz quando escolhe uma vaga no estacionamento, um lugar no ônibus ou o filme que irá assistir. Ele preferirá atender a conveniência própria sem estar preocupado com a situação, que a escolha dele provocará nos outros. Por isso, é zero a atenção do povo pelo que dizem os políticos que, para parecerem o que não são, falam sobre assuntos que acreditam do interesse público.

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No centro disso, existe outra questão a considerar na elaboração do discurso político: as pessoas só decidem mudar a situação da vida delas diante de duas circunstâncias: a insatisfação com a situação em que se encontram e a certeza de que a mudança será para melhor (Ludwig Von Misses). E, na dúvida, não ultrapassam.

O discurso precisa oferecer uma mudança segura na direção de uma condição melhor

Assim sendo, não basta ao discurso político mostrar ao eleitor que a situação em que ele se encontra é ruim, fato que dificilmente ele desconhecerá até ser alertado. O discurso precisa oferecer uma mudança segura na direção de uma condição melhor. É assim, do emprego à troca de endereço. Temos, então, que a maioria das pessoas – não todas, porque existem os que têm a vida por sacerdócio – busca o interesse próprio com as decisões que toma, que é melhorar a qualidade da vida pessoal.

Portanto, é papel do discurso dos que governam demonstrar que com eles no governo a vida da maioria das pessoas é boa e, se não for, qualquer mudança de rumo será, seguramente, para pior. E, com uma vantagem comparativa sobre a oposição: na dúvida o eleitor não ultrapassa. Ficaremos exatamente onde estamos.

Já o objetivo do discurso da oposição é de propor mudanças e garantir que elas serão para melhor. Nenhuma na linha do interesse público, mas todas na direção de tornar melhor a vida da maioria das pessoas.

Como exemplo: Nixon mentiu à sociedade americana e se viu obrigado a renunciar. Clinton também mentiu e a sociedade perdoou. Os formuladores pirotécnicos encontram causas extremas para a decisão diferente, mas ela pode ser explicada com base na busca dos interesses próprios do povo. A economia, fada madrinha das realizações pessoais, sob Nixon estava aos farrapos sem qualquer garantia de não ser pior. Sob Bill Clinton, ela vivia momentos excepcionais. Sem Bill, ela poderia piorar.

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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