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Por que Pete Buttigieg abandonou a corrida?

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Há três anos em ascensão, o prefeito de South Bend-Indiana, concorreu à presidência do Partido Democrata, na ocasião ele tinha apenas 34 anos e ousadia suficiente para desejar controlar um dos maiores partidos dos EUA. Como já sabemos, nesta eleição o vencedor foi Tom Perez, que vem sendo muito criticado após o fiasco do caucus de Iowa.

Não satisfeito, dois anos após este episódio, Buttigieg encara outro grande desafio: se candidatar à presidência da maior nação do planeta. No geral ele foi bem, começando como um candidato satélite, superou nomes democratas importantes como o senador Cory Booker e a senadora Kamala Harris, os quais abandonaram a corrida antes dele. Além disso, em todas as primárias e caucus dos quais participou, se manteve à frente da senadora Elizabeth Warren cuja campanha começou no início de 2019 como a grande favorita.

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Mas com tanto holofote e ascensão, por que abandonar a corrida dois dias antes da Super Tuesday? Analisando os quatro resultados, após uma vitória suspeita e conturbada em Iowa além de uma segunda colocação igualmente apertada contra Sanders em New Hampshire, Nevada e South Carolina apontaram que o brilho de Pete não era lá esse Sol todo, estava mais para uma estrela cadente que poderia atrapalhar o objetivo final do Partido Democrata.

Ele terminou muito atrás do senador Bernie Sanders em Nevada e muito atrás de Joe Biden na Carolina do Sul, ficando com a quarta colocação, atrás até mesmo do candidato Tom Steyer que abandonou a corrida no próprio sábado antes de Pete. No que diz respeito às pesquisas nacionais, ele estagnou em torno de 11% e já havia a previsão de não atingir os 15% necessários na Super Tuesday para ganhar delegados na Convenção Nacional.

A maneira como Buttigieg estava perdendo foi o principal ponto para esta tomada de decisão em sua campanha, uma vez que mais de 30% dos filiados do Partido Democrata são negros ou latinos. Como Pete sempre foi o tanto quanto impopular junto a este eleitorado, receber cerca de 3% dos votos dos negros na Carolina do Sul foi o “fechamento do caixão” para sua campanha.

A maneira como Buttigieg estava perdendo foi o principal ponto para esta tomada de decisão em sua campanha, uma vez que mais de 30% dos filiados do Partido Democrata são negros ou latinos.

Ao mesmo tempo, concorrendo com mais três candidatos de centro-esquerda (Biden, Klobuchar e Bloomberg), a insistência de Buttigieg na corrida ajudava a fortalecer a indicação de Sanders dentro do partido. Neste sentido acredito de podemos concluir que esta decisão tem influência da alta cúpula Democrata, a fim de mobilizar e direcionar votos para o candidato mais moderado e preferência clara dentro do partido desde o início da corrida: Joe Biden.

A vitória avassaladora de Biden (quase 50% dos votos) na Carolina do Sul sugere que o ex-vice-presidente pode combinar eleitores mais velhos e moderados, tanto quanto negros e brancos, diferente de Buttigieg. Este perfil eleitoral de Biden acaba sendo bom uma vez que a meta é a derrota de Donald Trump.

Pete ajudou a moldar esse cenário, conseguiu os holofotes e respeito de dirigentes e ainda abre caminho para obter cargos de alta confiança no caso de um governo Democrata. O rapaz lutou o bom combate e foi inteligente o suficiente para recuar as tropas no momento certo, merece todas as honras pelo feito.


Foto: Gary Riggs / Wikimedia

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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