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Como livrar o Brasil do extremismo? (Artigo da Série Movimento TREVO 02/02)

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No primeiro artigo da série apresentamos como o movimento moderado do TREVO surgiu e seus principais valores. Neste artigo iremos apresentar como transformamos a motivação em torno da virtude moderada em uma organização da sociedade civil que irá trabalhar para combater o crescimento do extremismo em nosso país.

É fato que o ambiente político no Brasil está tóxico. Amantes do debate político recorrentemente se surpreendem com posicionamentos e posturas radicais nas redes, expressas de diferentes formas e cada vez mais banalizadas. Não é à toa que um estudo encomendado pela Despolarize, uma organização do terceiro setor focada na despolarização política, mostrou que 30% do eleitorado brasileiro é extremista. Na mesma linha, O Globo publicou, em 27/02/2022, pesquisa que demonstra que o Brasil é o país onde extremismo de direita mais avança. Adicionalmente, pontuamos que o extremismo sempre foi campo fértil para atuação e crescimento do autoritarismo. Neste sentido, o Movimento Mobile, ONG que monitora a censura no Brasil, denunciou um crescimento expressivo das ações de censura à cultura no Governo Bolsonaro, todas elas respaldadas e apoiadas por uma legião de militantes radicais. Os números revelam que é preciso agir; sair da teoria e mover ações práticas que tragam ao ambiente político uma sanidade capaz de refutar ideias radicais e, principalmente, resgatar o debate democrático das ideias.

Hoje a fundação de uma ONG com o propósito de inspirar uma postura moderada na política é de extrema importância, e por esse motivo, que fundamos o MOVIMENTO MODERADO DO TREVO. Acreditamos que só um movimento organizado da sociedade civil será capaz de gerar uma reação constante às práticas tão destrutivas do radicalismo. Acreditamos, também, que a moderação deve ser a base dos regimes democráticos contemporâneos, porque a competição entre partidos não pode funcionar adequadamente sem compromisso e negociação. O sucesso do governo representativo e de suas instituições depende, em grande medida, de uma postura moderada. Dito isso, seguem nossas principais linhas de atuação para ampliarmos a base de moderados na política brasileira:

1. Realizar plenárias virtuais para debater um tema da atualidade sob perspectiva moderada: As plenárias de debate promovidas pelo movimento serão ambientes seguros e livres do preconceito e dos ataques tão comuns das redes sociais brasileiras, onde o extremismo cresce. Cada encontro gerará um artigo para ser publicado no blog do movimento. Os artigos produzidos pelo movimento serão públicos e servirão de referência para estudiosos e amantes da política em busca de compreender as ponderações inerentes e necessárias ao debate político democrático.

2. Certificar ativistas e políticos moderados por meio do selo do Trevo: o MOVIMENTO DO TREVO irá divulgar em suas redes os políticos que se comprometem com a causa moderada e oferecer para eles um espaço de defesa para justificar ideias e posicionamentos que forem vítimas de ataques e cancelamentos.

3. Investir em pesquisa que desenvolva ferramentas contra a manipulação do debate nas redes sociais: Atualmente diferentes práticas de manipulação da opinião pública, por meio da fabricação de uma falsa manifestação de apoio ou rejeição a determinado ponto de vista, têm sido crescentemente adotadas pelos extremistas. O MOVIMENTO DO TREVO vai mapear e investir grupos de pesquisa que gerem soluções contra o falso debate e falsa censura.

Aristóteles defendeu a moderação como uma das principais virtudes e com papel vital para a construção de todas as formas de excelência moral. Por isso, nós, os fundadores da ONG do MOVIMENTO DO TREVO temos um sonho: que um dia o movimento moderado não seja mais necessário. Nesse dia, os moderados terão se disseminado em nossa sociedade de tal forma, que os extremistas passarão a ocupar o seu devido lugar no debate político: inexpressivo e escanteado.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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