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Sondagem fluminense

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*Eduardo Bassin

A Bassin Consultoria divulgou sua Sondagem Empresarial na manhã de hoje. Realizada com empresários do Rio de Janeiro, a pesquisa busca mapear a percepção e expectativas dos empresários em relação à sua empresa e a situação econômica do Estado. A Bassin Consultoria realiza esta sondagem pelo décimo segundo ano consecutivo, com o objetivo fundamental de colaborar com o desenvolvimento do Estado, ao agregar conhecimento no que tange à visão empresarial. Nesta edição, 160 empresários foram consultados entre os dias 17 e 22/12. A pesquisa foi conduzida de forma quantitativa. Os entrevistados foram convidados a avaliar a situação econômica ao final de 2021, seguido de suas expectativas para a economia no ano de 2022 e sobre o desempenho de sua empresa.

O nível de confiança obtido é de 95% com margem de erro de 8%. O financiamento da Sondagem foi realizado exclusivamente pela Bassin Consultoria.

O Estado do Rio de Janeiro atravessa um cenário delicado tanto em questões econômicas quanto sociais. O investimento é um dos principais determinantes do crescimento econômico, e para que os agentes econômicos invistam é necessário que suas expectativas sejam positivas. Alguns fatores podem influenciar, como os níveis de salários, juros e atividade econômica.

Em relação aos salários, observa-se, de acordo com os dados do Sistema Gerenciador de Séries Temporais do BCB que o desemprego no Estado do Rio de Janeiro, após quedas observadas no ano de 2020, apresentou aumentos significativos durante todo o ano de 2021.

De acordo com o “Painel Mapa de Empresas” do Ministério da Economia, o total de empresas ativas no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2021 foi de 1.747.008, ou seja, o mesmo resultado de 2020. O total de empresas abertas em 2021 foi de 355.867, número superior ao verificado em 2020, quando 332.121 novas empresas foram constituídas. O número total de empresas extintas em 2021 foi de 104.229, maior do que de 2020, que foi de 78.802.

O Estado do Rio de Janeiro teve, apesar do segundo ano da COVID-19, uma melhora no decorrer dos meses nos índices de atividade econômica, volume de vendas no varejo, produção industrial e volume de serviços. O índice de volume de vendas e varejo foi o que teve a maior variação durante 2021 e o único que chegou no mês de outubro abaixo do ponto inicial de janeiro, além de demonstrar queda acentuada após o mês de julho. A melhora no índice industrial e volume de serviços são cruciais para visualizar que o cenário do ERJ está melhorando, mesmo com as oscilações mundiais relacionadas à crise pandêmica. Essa situação favorável deve estar conectada a política de vacinação em massa que, tanto a cidade quanto o Estado investiram fortemente.

A avaliação dos empresários em relação a situação econômica do ERJ mostra um cenário mais equilibrado quando comparado aos anos anteriores. Quase 39% dos entrevistados acreditam que o ano de 2021 foi negativo enquanto 32,3% viam o ano como razoável. A visão positiva foi compartilhada por pouco mais de 32%.

As expectativas para 2022 são as mais baixas de toda a série histórica, com apenas 39% dos empresários tendo uma visão positiva em relação ao futuro. A expectativa de que o ano de 2022 seja pior que 2021 representa 25,8% das respostas, enquanto 35,5% acreditam que o cenário será igual ao verificado no ano passado. Cabe observar que esse patamar é o mais elevado desde 2010, quando a sondagem começou a ser elaborada.

A avaliação dos empresários sobre o desempenho de suas empresas foi a segunda mais positiva, sendo superada apenas pelo ano de 2019. Os empresários que veem suas empresas numa situação pior do que o verificado no ano anterior é o menor de toda a série histórica, atingindo 3,2%.

Desafios fazem parte da atividade econômica e devem ser considerados durante a elaboração dos estudos de viabilidade. O Estado do Rio de Janeiro apresenta grande potencial de geração de negócios, sendo um destino diferenciado para o empresariado investir.

*Eduardo Bassin é economista e diretor da Bassin Consultoria.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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