A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) está divulgando com destaque em seu website uma nova proposta para financiamento das atividades jornalísticas em tempos de ascensão das redes sociais. [1]
Na avaliação do grupo, “a pulverização da publicidade e a sua forte migração para as grandes plataformas digitais” prejudicou o jornalismo, “atividade essencial à democracia”, afetando a sustentação econômica da imprensa profissional.
Nesse contexto, a FENAJ defende, em documento público, a criação de um “Fundo de Apoio e Fomento ao Jornalismo e aos Jornalistas” por meio da “taxação das grandes plataformas”.
“A FENAJ chama os jornalistas, as entidades/organizações da sociedade brasileira e os partidos políticos comprometidos com a democracia – que exige democracia também nas comunicações – a se somarem a esse esforço capitaneado pela FIJ [Federação Internacional dos Jornalistas] no mundo. Trata-se de uma justa reparação, visto que as grandes plataformas têm receita bilionária e quase não são tributadas, e de uma justa destinação de recursos a uma atividade essencial à constituição da cidadania”, conclui o grupo.
Contexto
Além da tramitação de um projeto de lei que aborda a difusão de notícias falsas (fake news), o tema de regulamentação da internet pode surgir mais forte a partir de 2023, dependendo do governo que se eleger em 2022.
Durante o governo Lula (PT), a FENAJ liderou um movimento de maior regulamentação da atividade jornalística, mas a iniciativa acabou não contando com o apoio do governo e sucumbiu no Congresso. [2]
MANIFESTO-PELA-TAXAÇÃO-DAS-GRANDES-PLATAFORMAS-DIGITAIS