O jornal “O Estado de S. Paulo”, em reportagem publicada nesta quinta-feira (22), denunciou que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, também havia, por meio de emissários, transmitido a ideia de que não haveria eleições em 2022 caso não fosse aprovado o voto impresso. [1]
Segundo a publicação, a mensagem foi transmitida ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e contaria com a anuência dos comandantes do Exécito, Marinha e Aeronáutica.
O mesmo recado, repercutido um dia depois pelo presidente Jair Bolsonaro, provocou inúmeras reações no meio político e social. Contudo, a suposta participação de militares na ameaça é novidade.
O jornal disse que, após receber o recado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, procurou Jair Bolsonaro para avisá-lo que interpretou a mensagem como uma “ameaça de golpe”.
Na conversa, o parlamentar teria pontuado que, apesar da aliança com o presidente, não apoiaria “qualquer ato de ruptura institucional”.
Bolsonaro, por sua vez, teria afirmado que jamais concordou com a hipótese de golpe e que atuaria “dentro das quatro linhas da Constituição”.
O jornal completou ainda que o recado dos militares foi “de conhecimento de um restrito grupo da política e do Judiciário”.
A PEC do voto impresso, como se sabe, tramita na Câmara dos Deputados. A perspectiva de aprovação é considerada baixa após uma nota de apoio de diversos partidos políticos à manutenção do sistema de voto eletrônico tal como é hoje realizado.
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