O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista ao vivo nesta sexta-feira (21) que “ficou frustrado e decepcionado” após a confissão do italiano Cesare Battisti de que não era inocente.
Foi no governo Lula em que Cesare obteve o status de exilado político e livrou-se de ser deportado à Itália, onde havia sido condenado por assassinato.
“O [ex-ministro da Justiça] Tarso Genro acreditava que ele fosse inocente. Ele disse que ‘não dava para mandar ele embora porque ele seria detonado na Itália e ele é inocente’. Toda a esquerda brasileira, os companheiros sabem, muitos partidos e personalidades de esquerda, todos defendiam que o Battisti ficasse aqui”, justificou-se Lula, que frisou não ter conhecido pessoalmente o italiano.
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O petista também afirmou que a postura do terrorista “comprometeu um governo que tinha uma relação extraordinária com toda esquerda italiana” e lamentou-se pelo fato de Battisti ter faltado com a verdade com seus “amigos”. “Não precisaria ter mentido. Ao menos para quem estava querendo acreditar nele”, pontuou.
“Eu não teria nenhum problema de pedir desculpas à esquerda italiana, à família do Cesare Battisti, por ele ter praticado o crime que cometeu e ter enganado muita gente no Brasil. Não sei se enganou muita gente na França, mas tinha muita gente que achava que ele era inocente. Se nós cometemos esse erro, nós pediremos desculpas, não tenho dúvida nenhuma”, disse.
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