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Liberais e alvos de inquérito do STF criticam nova operação da PF

MBL, líder do Partido Novo e Livres foram algumas das entidades que se manifestaram criticamente ao modo como o inquérito está sendo conduzido, sem participação do MPF e de ofício por parte do próprio STF

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Alexandre de Moraes (Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo)

Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (26) 29 mandados em nova operação ligada ao inquérito do Supremo Tribunal Federal que investiga, entre outros pontos, comunicações com caráter calunioso, injurioso e que difamaria a corte e seus membros. [1]

Desta vez, a operação teve como alvo influenciadores, blogueiros e até parlamentares alinhados com o presidente Jair Bolsonaro.

Entre eles, o empresário Luciano Hang, o blogueiro Allan dos Santos, o presidente do PTB Roberto Jefferson (que, recentemente, passou a apoiar de forma enfática Bolsonaro) e parlamentares (que serão ouvidos em até 10 dias e não foram alvo de busca e apreensão).

Entre os deputados, estão Bia Kicis (sem partido), Carla Zambelli (PSL/SP), Daniel Silveira (PSL/RJ), Filipe Barros (PSL/PR) e Luiz Phillpe de Orleans e Bragança (PSL/SP).

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Após a operação, que recolheu – à exceção dos parlamentares – celulares, computadores e tablets dos investigados, voltaram a surgir críticas contra a operação, fruto tanto dos alvos como também de liberais e conservadores. Confira, a seguir, algumas das principais críticas:

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Alvos

O blogueiro Allan dos Santos, em entrevista concedida em frente à casa onde reside e funciona o seu site, comparou a ação do ministro Alexandre de Moraes aos nazistas.

“Ele usa de toda força do Estado assim como Hitler. Ele age como os nazistas agiam, como os comunistas costumam agir. Se aqui fosse os Estados Unidos da América, as minhas prerrogativas constitucionais estariam sendo respeitadas. Mas não estão sendo, pois estamos no Brasil. Não estamos vivendo em uma democracia. É isso o que está acontecendo. Estamos vendo um dos poderes exercendo a força policial do Estado. Eles arrombaram minha porta, e de repente vejo minha esposa – grávida de 9 meses – com uma pistola na cara. Eu e a minha esposa”, desabafou a jornalistas. [2]

Na sequência, Allan dos Santos disse que “continuará rindo dos ministros do STF” e que não pode ser “colocado atrás das grades” por isso.

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https://youtu.be/ave18N-2sJQ

O empresário Luciano Hang, também alvo da operação, emitiu nota à imprensa após a operação e disse que recebeu a visita da Polícia Federal às 6h da manhã.

“Querem saber se produzi ou patrocinei Fake News contra membros do Supremo Tribunal Federal ou contra a instituição. Jamais fiz isso. Nada tenho a esconder, tudo o que falo e penso está nas minhas redes sociais e é de conhecimento público, o que ficará comprovado no decorrer do inquérito”, disse. [3]

Liberais criticam

Dep. Paulo Ganime fala na tribuna da Câmara (NOVO – RJ)

O líder do Partido Novo na Câmara dos Deputados, o deputado federal Paulo Ganime (NOVO/RJ), defendeu nas redes sociais que “se há indícios de crimes, eles devem ser investigados”. Mas criticou o modo como o inquérito está sendo conduzido, sem a participação do Ministério Público Federal.

“A defesa do Estado de Direito tem que ser intransigente e não pode haver lados. Hoje pode ser contra alguém que você não gosta, amanhã pode ser contra você”, escreveu nas redes sociais. [4]

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Livres, uma das principais entidades de viés liberal do país e reconhecida por ser crítica ao presidente Jair Bolsonaro, também comentou a operação.

Em nota batizada de “Tempos Difíceis”, disse que apesar dos “fortes indícios de esquema criminoso de disseminação de fake news na órbita do governo”, o “STF não pode ser vítima, acusador e julgador ao mesmo tempo”. [5]

Movimento Brasil Livre também usou as redes sociais para criticar a medida, chamando-a de “medida obscura”. “A constituição existe por um motivo. A quem recorrer de um inquérito obscuro quando é a instância máxima da lei que toca?”, questionou o MBL, que também é crítico a Jair Bolsonaro e fez questão de ressaltar isso. [6]

“O problema do bolsonarismo esticar a corda falando em intervenção, AI-5 e prender todos os ministros do Supremo é que o Supremo também estica a corda para esse inquérito aberto de ofício”, destacou a entidade. [7]

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