Na última terça-feira (16) o ex-presidente americano, Barack Obama, publicou em suas redes sociais um vídeo cujo objetivo alegado é manifestar apoio à candidatura de seu ex-vice presidente e atual candidato pelo Partido Democrata à presidência, Joe Biden.
Como justificativa a seu apoio, Obama exalta as principais qualidades que viu em Joe Biden desde que foi seu vice, dentre elas “perseverança”, “resiliência” e “fibra moral”. Pinta a figura de Biden como um grande manifestante do “sonho americano”, um homem comum que veio da classe média trabalhadora e precisou passar por diversas situações adversas em seu cotidiano, como pai e viúvo. Além disso, Barack Obama ressalta que seu ex-vice presidente foi essencial para que não ocorresse nos EUA crises por conta das epidemias de H1N1 e Ebola, em clara comparação à pandemia do Corona vírus pela qual o mundo passa hoje.
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Cabe ainda ressaltar que no mesmo discurso, Obama ressalta a importância e eficiência de Biden em restaurar a indústria automobilística americana, mas também do compromisso da dupla com responsabilidades climáticas (eu sei, ficou confuso pra mim também). Na sequência Obama levanta o comprometimento de Biden em nomear, para seu provável executivo, uma equipe técnica de autoridade e capacitada em lidar com adversidades competentes à função de presidente da maior nação do planeta (isso não seria pré-requisito, assim como ser honesto?).
Após todos seus elogios à Biden, o ex-presidente inicia sua “política da boa vizinhança” elevando qualidades morais de outros pré-candidatos do Partido Democrata
Após todos seus elogios à Biden, o ex-presidente inicia sua “política da boa vizinhança” elevando qualidades morais de outros pré-candidatos do Partido Democrata, em especial Bernie Sanders, elogiando seu movimento de “progresso e mudança […] junto aos jovens”. Mas sua serenidade dura pouco, quando começa mais uma vez a atacar os Republicanos, fazendo alusões às crises econômicas e emocionais do governo George W. Bush: “pela segunda vez em 12 anos, temos o inacreditável desafio de reconstruir nossa economia”; ele esqueceu da parte que o índice de desemprego dos EUA, antes do lockdown imposto por conta da pandemia, era o menor desde 1969.
E o discurso segue apontando maravilhas – não vistas – em seu governo, contrapondo com problemas – consequentes de seu governo – sendo colocados na conta da atual gestão do Partido Republicano.
Mas por que em meio a uma crise causada pela pandemia do COVID-19 o ex-presidente tomou a decisão de manifestar seu apoio à uma campanha eleitoral e o fez em forma de vídeo, com discurso e oratória profissionais, em suas redes sociais? A resposta é relativamente simples de afirmar: o vídeo trata-se na verdade de um ataque direto à gestão do atual presidente Donald Trump.
Já nos primeiros 5 minutos, Obama levanta que os EUA está passando por uma crise de liderança. Ressalta em suas palavras, unidas com expressões faciais de indignação, que o governo nacional dos EUA necessita de “um tipo de liderança com conhecimento e experiência; honestidade e humildade; empatia e bondade.”.
O discurso de Obama não se trata de um apoio a Joe Biden, mas na verdade de uma estratégia de marketing do Partido Democrata na campanha eleitoral de novembro, visando seu projeto de poder. Assim como no Brasil, é desgostoso ver a psicopatia de líderes políticos que, com sua fala sonsa e “olhos de Capitu”, conseguem influenciar milhões de desavisados e conduzi-los à fantasia do progressismo.
Que Deus abençoe a América!
Foto: Steve Jurvetson
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