
Os Estados Unidos enfim formalizarão nesta quinta-feira (15) o desejo da entrada do Brasil na Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, a OCDE. A informação foi repercutida pelos principais veículos do país e confirmada pela embaixada americana. [1][2]
Segundo uma carta já entregue à entidade, os Estados Unidos pedirão que o Brasil “seja o próximo país a iniciar o processo de adesão” ao grupo. O pedido significa que Trump indicará que prefere que o Brasil passe à frente da Argentina no processo.
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“O governo brasileiro está trabalhando para alinhar as suas políticas econômicas aos padrões da OCDE enquanto prioriza a adesão à organização para reforçar as suas reformas políticas”, destacou a embaixada, em carta.
No final de 2019, em carta enviada à OCDE, os Estados Unidos haviam defendido a entrada apenas da Argentina e da Romênia, gesto que gerou críticas no Brasil à articulação do governo Bolsonaro.
Reação
Nas redes sociais, o ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, classificou que o anúncio “comprova uma vez mais que estamos construindo uma parceria sólida com os EUA, capaz de gerar resultados de curto, médio e longo prazo, em benefício da transformação do Brasil na grande nação que sempre quisemos ser”. [3]
O assessor especial para assuntos internacionais do presidente Bolsonaro, Filipe G. Martins, também se pronunciou nas redes sobre o gesto – e aproveitou para criticar a imprensa.
“Com o anúncio de que os Estados Unidos priorizam o ingresso do Brasil na OCDE, se desfaz mais um dos factóides criados pelo histérico establishment midiático para criticar a equipe de política externa do PR Bolsonaro e tentar minar a nova posição de abertura do Brasil na arena internacional”, escreveu. [4]

Apelidada de “O Clube dos Ricos”, a OCDE é um grupo de nações que cooperam entre si na formulação de políticas econômicas. Na prática, a entrada do Brasil no grupo poderia ser benéfica pois atrairia mais investimentos e melhoraria a imagem do país. Negativamente, no entanto, analistas apontam que o Brasil poderia perder o papel de ser um dos líderes do mundo emergente.
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