NOVO lança resolução que proíbe mandatários de usar auxílio-moradia
Com a resolução, o deputado federal Alexis Fonteyne – até então, o único parlamentar da bancada da Câmara da legenda que não havia recusado receber o benefício – decidiu renunciar o recurso
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O Partido Novo lançou no final de maio uma resolução proibindo que seus mandatários utilizem o auxílio-moradia. O benefício já vinha sendo recusado por diversos parlamentares, sendo já uma recomendação interna, mas sem obrigatoriedade. [1]
Com a medida, o deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO/SP) – o único da bancada na Câmara que utilizava o recurso – decidiu mudar de posição. De acordo com nota divulgada em suas redes sociais, o parlamentar decidiu cumprir a resolução e renunciar o benefício a partir de junho de 2019.
“Tomo essa decisão consciente de que não infringi qualquer regra ou determinação partidária anterior e que usei os recursos em função da necessidade, que não se extinguiu e cuja fundamentação é pública. Entendo que o NOVO é um partido novo em todos os sentidos: há muito o que se ajustar para que possamos fazer fazer mais, custando muito menos para a sociedade”, escreveu.
O parlamentar ainda afirmou que é “absolutamente natural haver conflitos, discussões e descobertas dos limites de economistas sem prejudicar a entregar de resultados pelos mandatários” e que seguirá trabalhando para um “Brasil mais simples e a favor das reformas”.
No dia 22 de maio, o Boletim da Liberdade chegou a entrevistar o deputado federal Alexis Fonteyne e abordou o assunto. Na ocasião, ele justificou o uso do auxílio-moradia pelo fato de já precisar custear outras residências e nunca ter se comprometido que renunciaria ao benefício. O parlamentar também afirmou que era importante que o partido refletisse sobre os recursos que abre mão.
“Esse é um assunto em que as pessoas estão surtando: o que elas precisam entender é que o auxílio-moradia é a última porta para você entrar no processo seletivo do Partido Novo. É importante que ela fique aberta. Porque o Partido Novo não usa Fundo Partidário, não usa Fundo de Campanha, no Partido Novo não se pega empréstimos ou doações de pessoas jurídicas. No Partido Novo, não temos um programa [de bolsas] como o RenovaBR ou o RAPS. Portanto, o Partido Novo – já na parte de se fazer campanha – é extremamente árduo e praticamente seleciona pessoas que tenham dinheiro e capacidade. Uma pessoa desprovida de dinheiro praticamente não tem a menor chance”, desabafou.
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