
O propagandeado apoio militar que o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, havia anunciado na manhã desta terça-feira (30) não foi suficiente para tirar Nicolás Maduro do poder. No fim do dia, as esperanças de deposição do sucessor de Hugo Chávez arrefeceram.
De acordo com o relatado pelo ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional do presidente Jair Bolsonaro, o apoio militar à Guaidó não chegou a atingir os altos escalões. Com isso, a repressão nas ruas aumentou. [1][2]
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Dois outros fatos dão indicativos de que Guaidó deve sofrer uma dura derrota e que superestimou o apoio que teria das ruas e dos militares.
O primeiro deles é que o líder opositor Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar e foi solto na manhã desta terça-feira (30), pediu asilo político na embaixada chilena. Na manhã, após ser solto, López foi visto nas ruas ao lado de Guaidó e pregando a deposição de Maduro. Militares venezuelanos que se rebeleram também pediram asilo para outros países, inclusive ao Brasil. [3][5]
O segundo é que o Diretor de Inteligência Militar da Venezuela, Manual Figuera, foi preso após auxiliar a libertação de López. É possível que haja uma dura punição do regime contra ele nas próximas horas ou dias. [4]
A maior parte dos conflitos de rua ocorridos no dia, especialmente pela manhã, se deu nas imediações da base aérea “La Carlota”, em Caracas. Guaidó, porém, ficou ao lado de fora da instalação militar, frustrando as expectativas internacionais de que já teria o endosso, inclusive, para comandar de dentro o que chamou de “Operação Liberdade”.
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