O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, admitiu nesta terça-feira (26) que errou no envio do e-mail que gerou polêmica no dia anterior. Na mensagem, o ministro incluiu o slogan da campanha de Jair Bolsonaro e pedia que colégios a lessem aos alunos e filmassem os estudantes perfilados e cantando o hino nacional. [1]
De acordo com Vélez, a iniciativa, que chegou a ser criticada pelos organizadores do projeto de lei contra a doutrinação nas escolas, o Escola Sem Partido, foi mal apresentada. “Eu percebi o erro. Tirei essa frase (o slogan do governo, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”). Tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente se alguma coisa for publicada será dentro da lei, com a autorização dos pais. Saiu hoje de circulação”, disse em entrevista a diferentes veículos.
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A mensagem havia sido criticada também por outros influenciadores, como o economista Joel Pinheiro. Depois da retratação e do envio de uma versão corrigida do comunicado, porém, o ministro fez outra declaração que pode incomodar muitos liberais e conservadores. Ele defendeu o sistema de cotas como medida temporária.
“Defendo as cotas enquanto não for resolvida a questão do ensino básico de qualidade para todos e que possibilite no final do fundamental e do segundo grau aos jovens que quiserem entrar na universidade em pé de igualdade”, ele argumentou. “Nossa dívida não está apenas numa questão de raça, mas de qualidade do nosso ensino básico e fundamental, que no setor público ainda não é da qualidade que deveria ser”.
Outros pedidos de desculpas
Essa não é a primeira vez em que o ministro se retrata de um erro. Ele também pediu desculpas por ter afirmado que os brasileiros se comportam como “canibais” quando viajam e “roubam coisas dos hotéis”, afirmando que suas palavras foram retiradas de contexto. Da mesma forma, Vélez se desculpou por ter atribuído erroneamente a frase “Liberdade é passar a mão no guarda” ao falecido cantor Cazuza.
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