Os liberais compreendem que as leis trabalhistas muitas vezes aparentam ser benéficas, mas – na prática – nada alteram ou apenas prejudicam à empregabilidade e a economia do país. Apesar disso, o tema ainda é um tabu – e, por causa disso, nesta quinta-feira (27) foi motivo de um novo conflito de posicionamentos entre o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e seu candidato a vice, General Mourão (PRTB).
Em palestra em Uruguaiana (RS), Mourão criticou o peso da legislação trabalhista para uma plateia de lojistas e criticou a figura do 13º salário, que chamou de “jabuticaba”. [1]
“Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12 [meses], como é que nós pagamos 14?”, argumentou o general da reserva.
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Tão logo começaram a ser divulgadas as declarações de Mourão, representantes do PSL e, posteriormente, Jair Bolsonaro buscaram se distanciar do posicionamento do candidato a vice.
“Essa não é uma proposta da campanha, do Jair Bolsonaro ou do Paulo Guedes. Não há nada sobre acabar com o 13º salário. Isso é uma posição pessoal do Mourão”, teria afirmado o presidente do PSL ao jornal O Globo.
No Twitter, Bolsonaro manifestou-se também. Ele explicou que o 13º é uma cláusula pétrea e que “criticá-lo é uma ofensa à quem trabalha”.
“O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”, escreveu. [2]
O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição.
— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 27 de setembro de 2018
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