Não foi greve nem paralisação, como as que vêm ocorrendo no Brasil, mas a multinacional de cafeterias Starbucks tomou uma atitude inusitada: cancelou as atividades em 8 mil unidades no último dia 29. O motivo: fazer uma formação de algumas horas de 175.000 funcionários contra o racismo. [1]
Tudo começou porque, um mês antes, foi denunciado um caso de truculência policial contra dois jovens negros numa das lojas da franquia, na cidade de Filadélfia, algemados sem resistência. Os dois juraram inocência, dizendo que estavam apenas esperando um amigo que consumia um dos produtos da loja. A cena filmada se disseminou nas redes sociais.
A Starbucks resolveu proteger sua imagem estabelecendo um acordo com os dois jovens, assumindo o compromisso de doar US$ 200.000 para programas de empreendedorismo para jovens o ensino médio e organizar essa “oficina” contra o preconceito racial, inclusive o que a empresa chama de “preconceitos inconscientes” – definidos como pequenas ações cotidianos que funcionariam como “micro agressões”, não exigindo muito esforço para serem combatidas.