A escola de samba Paraíso do Tuiuti, que chamou a atenção pelo enredo crítico a reformas liberais como a Trabalhista e ao governo Temer, conquistou o vice-campeonato do Carnaval 2018 no Rio de Janeiro. Ela perdeu o título para a Beija-Flor, que também fez um enredo crítico, mas de uma linha mais abrangente. O que nem todos sabem é que a agremiação foi uma das protagonistas dos acidentes ocorridos no trágico desfile do ano passado, com um de seus carros alegóricos se desgovernando e atropelando a jornalista Elizabeth Ferreira Jofre, infelizmente vítima fatal. Sua filha quebrou o silêncio depois da apuração deste ano.
Raphaella Pontes falou ao jornal O Globo: “É muito fácil quando não é sua mãe ou seu parente. É muita alegria. A gente comemora e vibra, né? Eu achava que a tragédia só acontecia com o vizinho até que a dor bateu também na minha porta e eu enxerguei que acontece com todos. Ninguém está livre de nada. A única coisa que podemos pedir é livramento a Deus. Uma escola que jamais merecia estar no Grupo Especial esse ano. Tinha que ter sido rebaixada sim! Que atropelou vinte pessoas ano passado e fez uma vítima fatal. Que deixou todas as vítimas em hospital municipal onde falta o básico”. [1]
Pontes afirmou ainda que a agremiação de São Cristóvão não ofereceu qualquer apoio ou indenização às vítimas. “Aí colocaram um Carnaval fazendo protesto… o sujo falando do mal lavado, porque nem eles fazem a parte deles, nem eles arcam com suas responsabilidades com a tragédia que cometeram na vida de muitos, com a minha mãe que morreu por falta de recurso”, sustentou, e concluiu: “Nojo e tristeza me definem no dia de hoje”.
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