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Seu bolso em disputa: Estado e crime organizado — lados diferentes da mesma moeda

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Por João Pedro Martins* 

O governo federal anunciou o aumento da mistura de etanol na gasolina — uma daquelas medidas que, no discurso, barateiam o combustível, mas, na prática, apenas mascaram o problema.  O resultado é previsível: a diluição reduz o rendimento e o consumidor paga mais por menos — um retrato fiel da lógica estatal.  De um lado, o Estado “adultera” a gasolina de forma legalizada, cobrando impostos obscenos; de outro, o crime organizado faz o mesmo à margem da lei. Ambos drenam sua renda e violam sua liberdade — apenas com CNPJs diferentes.

Essa prática, aliás, é antiga — o Estado sempre encontrou meios criativos de disfarçar o confisco.  No Império Romano, os governantes também “adulteravam” a economia: os denários de prata e os áureos de ouro começaram puros e estáveis, até que o governo decidiu diluí-los — uma forma primitiva de inflação e de manipulação estatal da moeda. , refletindo a solidez econômica do Império. Porém, a partir do século II d.C., os imperadores começaram a reduzir gradualmente a qualidade dessas moedas, adicionando cobre e outros metais menos valiosos à liga. Com isso, a quantidade efetiva de prata ou ouro em cada unidade diminuía. O objetivo era ampliar a circulação monetária sem precisar dispor de mais metais preciosos, custeando guerras, bancando gastos públicos e mantendo a máquina administrativa imperial.

Hoje, o crime organizado também “inova”: adultera bebidas com metanol para lucrar mais gastando menos — a perversão natural de um sistema onde o lucro lícito é sufocado por impostos. O crime é, em parte, filho legítimo da alta carga tributária e da burocracia que empurram a economia para a informalidade.  Estudos do IBPT mostram que entre 55% e 60% do preço da cerveja é puro imposto — um escárnio com quem trabalha e produz.  Em resumo, o Estado bebe mais da sua cerveja do que você — e ainda exige brindes por isso. . A diferença é que o Estado ganhou concorrência: o crime organizado. A única disputa real é quem te rouba com mais eficiência. . Se abastecer, o Estado taxa; se beber, o crime mata.

Parece que não há saída, certo? Errado. Sempre há uma saída — e ela começa pela consciência fiscal e pela defesa da liberdade individual.  O Instituto Atlantos, em defesa da liberdade econômica, promove o Chopp sem Imposto — um brinde à consciência fiscal e à resistência pacífica contra o confisco estatal. O evento ocorre em parceria com a Cervejaria Old Boys no dia 08/11/2025, no Sete Gastropub (R. Castro Alves, 442, Rio Branco, Porto Alegre/RS), às 19h30.

*João Pedro Martins é diretor de eventos do Instituto Atlantos

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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