O advogado Aury Lopes Júnior, autor do livro ‘Prisões Cautelares’, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes citou um trecho que não existe na obra. O caso era sobre a votação pelo fim da prisão especial para quem tem diploma, em abril deste ano.
“Mais uma para a série ‘coisas que eu nunca disse’”, escreveu o advogado em sua rede social na última quinta-feira (03). “Sempre fico muito honrado em ser citado, obviamente. Mas nesse caso, não sou merecedor, bem como também nunca disse que a prisão especial fundamentada em uma especial suposta qualidade pessoal ou moral do preso é inconstitucional, por atentatório ao princípio isonômico”, explicou.
De acordo com Aury, o livro tem pouco mais de 240 páginas. Em nenhuma delas consta a informação citada por Moraes sobre direito processual penal que declarou inconstitucional a prisão especial do art. 295, VII do Código Processo Penal, que diz respeito ao portador de diploma de curso superior.
Nesse sentido, internautas começaram a comentar sobre o equívoco do ministro. “Para uma época onde ministros inventam leis, inventam crimes, inventar citação bibliográfica é nada demais”, publicou um advogado. Além disso, a notícia também teve repercussão na conta @chequeianacp. Recebeu comentários como “Xandão citou a página 1067 de um livro que tem um pouco mais de 240 páginas kkkkkkkkkkkkkkk”.
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