As manifestações de caminhoneiros com o fechamento de rodovias em protesto contra a eleição de Lula (PT) à presidência da República neste domingo (30) gerou críticas de grupos e personalidades liberais.
Principal partido alinhado com valores liberais do país, o NOVO avaliou, nas redes sociais, que o movimento com bloqueios “são uma afronta à ordem e à liberdade dos brasileiros”.
“Não podemos tolerar a desordem como forma de manifestação política, muito menos como método para um grupo impor sua vontade à sociedade”, escreveu o partido em nota. [1]
Deputado estadual pelo NOVO do Rio Grande do Sul, Fábio Ostermann observou que é “do tempo em que bloquear estradas e impedir o direito de ir e vir era coisa de terrorista, criminoso, etc. Jamais coisa de cidadãos ordeiros”.
“Que a PRF [Polícia Rodoviária Federal] e a AGU [Advocacia Geral da União] não esqueçam que são instituições DE ESTADO e acabem com essa baderna de uma vez por todas!”, sustentou nas redes sociais. [2]
Para o jornalista Carlos Andreazza, a manifestação dos caminhoneiros tem ligação com a demora de Bolsonaro em reconhecer a derrota nas urnas.
“Péssimo presidente. Péssimo perdedor. Bolsonaro está calado. Bolsonaro está falando. Ou não serão os caminhoneiros — e os patrões dos caminhoneiros — que fecharam rodovias expressões de Bolsonaro? Ele fala. Ou não será a atividade da Polícia Rodoviária Federal, que na véspera — dia de eleição — se mobilizara para fiscalizar ônibus com pneus carecas e que, horas depois, cruzaria os braços (para não aplaudir) ante a obstrução de estradas, expressão de Bolsonaro? Ele fala”, escreveu Andreazza no Twitter. [3]
Deputado federal reeleito por São Paulo, Kim Kataguiri (União) também criticou os movimentos.
“Até ontem, fechar estrada era coisa de terrorista do MST. Agora virou coisa de patriota bolsonarista. Tudo isso com o eloquente silêncio de Jair Bolsonaro. Ninguém é trouxa de acreditar que essa demora toda pra se pronunciar não é premeditada”, reclamou. [4]