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5 perguntas para o jornalista Lucas Bellinello, do ‘Sentinela da Liberdade’

Ativista libertário desde 2012 e ex-coordenador do Students for Liberty Brasil responde perguntas sobre a imprensa, o movimento liberal e o cenário eleitoral para 2022
Foto: Reprodução

Volta e meia, a imprensa e os grandes veículos de comunicação são alvos de críticas. Afinal, onde eles erram? As redações são, de fato, ambientes com viés ideológico? Para conversar sobre isso, o Boletim da Liberdade formulou 5 perguntas para o jornalista Lucas Bellinello, que também mantém o perfil “Sentinela da Liberdade”, no Instagram; além de já ter sido coordenador regional do Centro-Oeste do grupo “Students for Liberty Brasil” e que se classifica como ativista libertário desde 2012.  Confira a conversa:

Boletim da Liberdade: O sr. é repórter e libertário. Como o sr. avalia a atuação dos grandes veículos de imprensa do Brasil?

Lucas Bellinello: De modo geral, acho que o grande público faz alguns julgamentos equivocados sobre o trabalho da imprensa, mas há erros no jornalismo sim. Em especial três: (1) Um grande número de jornalistas com o viés de esquerda nas redações, o que contamina o trabalho da imprensa; (2) O vício e dependência que grandes empresas de jornalismo possuem do dinheiro estatal para subsidiar suas operações; (3) O grande monopólio dos grupos de comunicação que são frutos de uma época que comunicação era ainda mais dependente do Estado no Brasil.

Boletim da Liberdade: Na avaliação do sr., os jornalistas que compõem hoje as grandes redações possuem um viés ideológico? Caso sim, qual seria ele, por qual razão isso ocorreu e como buscar maior pluralidade?

Lucas Bellinello: Sim, mas já foi muito pior. Uma década atrás quase a totalidade dos nossos jornalistas e jornais eram de esquerda.

O cenário está mudando. Já é possível achar veículos que rompem com essa tradição, como vocês mesmo do Boletim da Liberdade, “O Livre”, do Mato Grosso e a “Gazeta [do Povo]”, do Paraná.

A maior parte da culpa dessa contaminação que ainda acontece é do curso universitário de jornalismo, que falha em formar bons profissionais, mas tem sucesso em formar bons militantes.

Boletim da Liberdade: Além da atuação como repórter, o sr. mantém a página “Sentinela da Liberdade”, que possui também um tom mais leve e bem-humorado. Com esse termômetro, como avalia o movimento liberal nos dias de hoje?

Lucas Bellinello: O movimento libertário cresceu muito até 2017, mas desde então vem perdendo força de forma veloz. Uma boa parte dos novos libertários não conhece às ideias da Escola Austríaca com profundidade e também não é atuante no debate. Para o movimento crescer, isso precisa mudar.

Boletim da Liberdade: Enquanto comunicador, qual sugestão daria para futuros candidatos liberais nas eleições de 2022? Há alguma oportunidade no horizonte?

Lucas Bellinello: Não há receita de bolo ou fórmula mágica, mas os candidatos precisam levar suas ideias de forma mais realista e que desperte o interesse dos eleitores. Nós precisamos explicar que o remédio e a conta de luz ficam mais caras por causa da carga tributária e sair um pouco de outras pautas menos interessantes para o cidadão comum, como vacina obrigatória e uso de máscaras. Essas são pautas importantes, mas não atraem eleitores.

Boletim da Liberdade: Na conjuntura política brasileira, qual ou quais pré-candidatos à presidência, na avaliação do sr., mais deverão atrair a atenção dos liberais e por quê?

Lucas Bellinello: Nenhum. Eu sei que Bolsonaro e Moro podem atrair o voto dos liberais e libertários, mas o fato é que ambos já decepcionaram muito. Em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, eu vou votar no Bolsonaro. Entretanto, é um voto defensivo para evitar o outro cara, não por estar do mesmo lado que o Bolsonaro.

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