Convidado a ser candidato a presidente pelo Partido Novo, o cientista político Luiz Felipe D’avila deu outro indicativo, nesta terça-feira (12), que pretende conduzir seu discurso para um campo mais distante daquele que, tradicionalmente, ficou marcado o campo liberal. [1]
Nas redes sociais, o empresário publicou uma reflexão sobre o porte de armas e questionou sobre se essa pauta “tira gente da miséria”.
“Nos últimos anos temos perdido tempo com estes debates enquanto a maioria da população sofre com desemprego, inflação, fome e falta de perspectiva. O momento é de focarmos nos problemas reais de quem precisa recuperar seu ganha-pão”, escreveu.
Apesar de, recentemente, o tema ter sido abraçado com mais entusiasmo por conservadores e pelo presidente Jair Bolsonaro, a pauta sobre a liberdade de se possuir e portar armas é tradicionalmente conhecida no meio liberal.
Porte de armas tira gente da miséria? Ajuda na retomada do emprego? Nos últimos anos temos perdido tempo com estes debates enquanto a maioria da população sofre com desemprego, inflação, fome e falta de perspectiva. pic.twitter.com/YnjFr8Momz
— Luiz Felipe d’Avila (@lfdavilaoficial) October 12, 2021
Na sequência, D’avila, que está, de acordo com o presidente do NOVO, Eduardo Ribeiro, na fase final do processo seletivo para a candidatura à presidência, disse que “um projeto de terceira via não pode perder isso de vista” – os “problemas reais”. [2]
Como noticiado pelo Boletim da Liberdade anteriormente, pouco após sua filiação ao NOVO, o cientista político confirmou a intenção de construir uma candidatura de centro. A mensagem dividiu internautas e apoiadores da sigla, pois parte prefere uma identificação com a direita.
Consenso
Em entrevista publicada no último sábado (10) ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Eduardo Ribeiro, presidente do NOVO, disse ainda que o nome de Luiz Felipe D’Avila tem um “amplo apoio” no partido.
“Ele é praticamente consenso. Vem para ajudar na pacificação”, ressaltou.
O dirigente partidário ponderou, contudo, que o momento é que cada partido lance seus candidatos para “sentar todo mundo à mesa e ter um candidato único” lá na frente.
“Vamos trabalhar para liderar esse processo, mas não teremos a vaidade de ir até o fim sem sentar para conversar. Vamos fazer a nossa parte”, disse Ribeiro.
Novidade
A eventual candidatura de Luiz Felipe D’avila, contudo, não seria a primeira incursão do empresário na vida política.
Com 58 anos, ele é neto do deputado federal João Pacheco Chaves (MDB/SP), morto em 1995, e foi coordenador de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2018.
Na vida privada, é também casado com Ana Maria Diniz, filha mais velha do empresário Abílio Diniz, conhecido por sua história no grupo Pão de Açúcar e hoje ligado à BRF e ao Carrefour Brasil.