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Economista diz que Guedes desceu ‘às catacumbas do populismo’

Paulo Rabello de Castro publicou crítica à intenção de postergar o pagamento de precatórios, acusando o ministro da Economia de ser um "liberal de meia-tigela"
Paulo Guedes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Em artigo de 1987, o liberal mato-grossense Roberto Campos dizia que Paulo Guedes e Paulo Rabello de Castro representavam a “brilhante e jovem geração” de economistas. Neste sábado (7), Rabello de Castro publicou dura crítica ao ministro da Economia de Jair Bolsonaro no Estadão. [1]

Apesar de ambos serem vinculados à Escola de Chicago de economistas, por terem concluído formação universitária na universidade de Chicago do economista Milton Friedman, Rabello de Castro afirmou que Guedes é um “liberal de meia-tigela”. O cerne da crítica, no artigo Ora pro nobis, precatórios, foi a proposta de adiar o pagamento das dívidas estatais.

“O precatório é o fio de última esperança do cidadão por tratamento justo pela máquina devoradora de gente chamada governo”, definiu o economista. A intenção de dividir por dez anos o pagamento dessas dívidas, em sua leitura, é o “mais recente surto de irresponsabilidade administrativa e moral deste governo, acolitado por um suposto liberal de Chicago”.

Rabello de Castro reconheceu que as dívidas não são “malfeitos desta administração”, mas a questão quanto ao seu pagamento “já foi resolvida”. A atitude de Paulo Guedes seria uma “maldade suprema”. Castro pontuou ainda que o ministro “enche o peito para falar de liberdade”, mas deixa precatórios “para serem pagos na hora da morte do credor (isso com sorte)”.

O economista também sustentou que Guedes pretende atender aos objetivos eleitorais de Jair Bolsonaro e “está confuso”. Rabello de Castro sentenciou que o ministro “abandona seu catecismo liberal para descer às catacumbas do populismo em busca de respostas prontas para o desemprego em massa e a fome”.

Nas eleições de 2018, Paulo Rabello de Castro foi candidato a vice-presidente na chapa de Álvaro Dias (Podemos). Antes, Castro também havia esboçado uma pré-candidatura própria ao Planalto pelo PSC, que acabou se coligando ao Podemos. Em maio, Ciro Gomes informou que teria iniciado um diálogo com Castro.

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