Um conjunto de lideranças e políticos liberais criticou na tarde desta quinta-feira (15) a aprovação na Câmara dos Deputados, e depois no Senado Federal, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2022.
O texto abriu uma brecha para aumentar o fundo especial para financiamento de campanhas eleitorais, também conhecido como “fundão eleitoral”, para R$ 5,7 bilhões. Em 2020, a título de comparação, o montante do fundo já era expressivo: R$ 2 bilhões.
Vinicius Poit (NOVO/SP), líder da bancada do Partido Novo na Câmara dos Deputados, classificou a aprovação do texto como “golpe do fundão”. O deputado federal Aleix Fonteyne (NOVO/SP), por sua vez, rotulou a medida como “um escárnio com o povo brasileiro que rala tanto para pagar impostos”. [1][2]
O vereador Rubinho Nunes (PSL/SP), que chegou a trabalhar na Câmara dos Deputados assessorando o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), destacou em sua crítica o fato de os deputados terem aprovado a medida em votação simbólica em vez de nominal, o que dificulta a compreensão sobre quem votou favorável.
Crítico ao financiamento público de partidos políticos e campanhas eleitorais, o fundador do NOVO, João Amoêdo, rotulou a aprovação da medida como um “completo absurdo no Congresso”.
“Não há justificativa para triplicar o valor de algo que nem deveria existir”, reclamou Amoêdo, que complementou, ainda, que “quando o produto não é bom, o que sobra é gastar muito com propaganda”. [3]
O empresário Salim Mattar, ex-secretário de desestatização do Ministério da Economia e um dos mais conhecidos defensores da redução do Estado, pontuou que a medida “nem deveria estar em apreciação”.
“[É] mais dinheiro para as elites que sai do bolso dos pagadores de impostos”, destacou, pontuando ainda que “a sociedade espera sensatez”. [4]
O texto agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.