O Boletim da Liberdade dá sequência à série de entrevistas com candidatos a vereadores das principais cidades do país, desta vez dedicando-se aos postulantes de São Paulo.
Com perguntas pré-fixadas e respostas comparativas, o eleitor liberal terá a oportunidade de conhecer as diferentes visões de cidade de André Bolini (Novo), Bruno Zambelli (PRTB), Fernando Holiday (Patriota), Janaína Lima (Novo) e Matheus Hector (Novo).
Os nomes foram escolhidos levando em consideração critérios como diversidade partidária, divergências ideológica dentro do campo pró-liberdade (incluindo conservadores) e a relevância pública no cenário de difusão do ideário liberal, mas não representam endosso do Boletim da Liberdade a qualquer das candidaturas ou partidos apresentados.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:
Boletim da Liberdade: Qual é o principal problema de São Paulo?
André Bolini (NOVO – 30.777): São Paulo é uma das cidades mais ricas do Brasil e ainda apresenta altos níveis de mortalidade infantil, regiões desprovidas de saneamento e inúmeras propriedades sem certificação. A gente perde também competitividade, perdemos empresas que acabam fechando e pessoas que desistem dos seus negócios.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Como ficou claro, desde as ultimas eleições majoritárias, tanto o governo do estado, como o municipal, se distanciaram demais do governo federal e é esta lacuna do conservadorismo de direita que eu pretendo preencher. São Paulo é de suma importância para o restante do país.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): O principal problema de São Paulo atualmente é a falta de desenvolvimento nas regiões periféricas da cidade. Quem mora nas bordas do município é condenado à pobreza e a viver extremamente longe do seu local de trabalho.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Ineficiência da máquina pública, educação e corrupção. Consegui aprovar o Marco Legal da Primeira Infância e implantamos o voucher da educação. No próximo mandato, vou trabalhar com projetos de transparência e fiscalização, e já começamos com a CPI do Theatro Municipal e a comissão do IPTU.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): São Paulo adotou restrições urbanísticas que impediram o setor privado de ofertar moradia suficiente, o resultado dessas ações foram pessoas morando mais longe de seus trabalhos e das oportunidades. Como consequência, 20% da população mora em situação irregular, gerando degradação do meio ambiente.
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Boletim da Liberdade: Seu mandato priorizará quais temas?
André Bolini (NOVO – 30.777): Desburocratização e agilidade na regularização de propriedades informais, ajudando a levar saneamento básico, iluminação e asfalto para todas as regiões. Defendo a reforma administrativa e adoção de teto de gastos, porque dessa forma é possível rever privilégios de quem ocupa altos cargos.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Direito à propriedade privada, autodefesa, igualdade perante a lei, educação sem ideologia de gênero; fiscalização de verbas, emendas e projetos oriundos do governo federal destinados a SP; investimento nos hospitais especializados em doenças raras; combate ao crime, às drogas e à corrupção.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): Seguirei priorizando a desburocratização da cidade. Proporei uma segunda edição do meu projeto “Revogaço”, que extinguiu diversas leis burocráticas. Intensificarei as lutas para diminuir o custo da máquina pública, não só cortando custos de gabinete, mas também propondo cortes na Câmara Municipal.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Vamos apresentar um projeto para que São Paulo termine esta década entre as 3 principais cidades modelos de Smart Cities no mundo. A pandemia mostrou que planejamento urbano não pode ser apenas um discurso vazio. E a tecnologia é um ativo fundamental para transformação das cidades.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): Meu foco será em uma São Paulo mais liberal: liberdade para empreender, para construir e viver. Uma São Paulo voltada às pessoas e não aos carros, focada em qualidade de vida e sustentabilidade.
Boletim da Liberdade: Como você se classifica ideologicamente?
André Bolini (NOVO – 30.777): Sou da direita liberal. Acredito que o estado deve manter entre as suas funções: justiça, segurança e serviços básicos como saúde e educação. Não acredito que o poder público deve gerir empresas ou interferir nas trocas voluntárias entre indivíduos, como na relação empregador e empregado.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Totalmente alinhado ao conservadorismo de direita, e, como tal, preso à tradição, à família, aos bons costumes, à propriedade privada, ao liberalismo econômico e à igualdade perante a lei para todos.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): Acredito que a melhor definição ideológica seria um conservador liberal, já que alguns dos meus posicionamentos, por exemplo, contrário ao aborto, são alinhados com o conservadorismo.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Sou liberal. Cresci num bairro considerado um dos mais violentos do mundo, com os piores índices de desenvolvimento humano e me tornei advogada e depois vereadora de uma das maiores cidades da América Latina. E ao invés de o estado me ajudar, ele só me atrapalhou. Me fiz com meu esforço e trabalho.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): Sou um liberal que se baseia em dados e evidências.
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Boletim da Liberdade: Qual é a sua avaliação sobre o governo Jair Bolsonaro?
André Bolini (NOVO – 30.777): Meu compromisso é com as reformas. Caso Bolsonaro continue com a reforma administrativa, terá meu apoio. Caso siga um caminho populista, de flexibilização do teto de gastos e atendimento de demandas corporativistas de segmentos da segurança pública, por exemplo, não terá meu apoio.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Sensacional. Totalmente imbuído de boas intenções e vontade de fazer o país decolar. Só não está melhor por causa do ativismo político criminoso das esquerdas, que diferente do que falam, usam o conceito de democracia cinicamente de modo antidemocrático. O aparelhamento até o 5° escalão, atrapalha.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): É um governo que me decepcionou em muitos aspectos, especialmente no combate à corrupção. Mas é inegável que foi uma opção muito melhor do que o petismo. Também acredito que será possível alcançar bons frutos, como uma reforma administrativa que reduza privilégios e privatização de algumas estatais.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Algumas pautas foram bem executadas, especialmente no campo econômico. Porém, acredito que falta energia em boa parte do governo. Entendo que algumas pautas foram deixadas de lado ou foram enfraquecidas como o combate à corrupção. O governo precisa ter ações mais concretas e enfáticas nesse sentido.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): Péssima, o governo abandonou a agenda de reformas e combate à corrupção. Não há projeto claro para educação, a política ambiental é desastrosa e corremos risco de voltar ao populismo fiscal. Sem contar as declarações autoritárias do presidente, que devem ser repudiadas por quem valoriza a liberdade.
Boletim da Liberdade: Como você pretende defender a liberdade na Câmara Municipal?
André Bolini (NOVO – 30.777): Defendo a liberdade de trabalhar e empreender sem regulações corporativistas impostas. Por isso, proponho a implementação da Lei da Liberdade Econômica, aprovada em âmbito federal no município e uma atuação forte para barrar legislações que onerem demais o setor privado, em especial os aplicativos.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Sendo exatamente o contraponto a tudo isso que está aí e quer chegar à cadeira de vereador por SP. Serei uma extensão do governo federal, fiscalizando a Prefeitura, função que todo vereador deveria fazer, em toda e qualquer emenda, projetos ou disponibilização de verbas, principalmente federais.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): Como disse anteriormente, pretendo fazer a segunda edição do “Revogaço”. Outro meio de defender a liberdade é quebrando monopólios. Consegui isso nas podas de árvores da cidade, permitindo a entrada da iniciativa privada nesse serviço. Pretendo avançar com esse modelo em outras áreas no município.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Já faço isso. Defendi a redução da máquina pública com o projeto de desestatização. Também presidi a comissão da reforma da Previdência municipal. Foi uma batalha, até ameaçada de morte eu fui. Mas conseguimos aprovar essa primeira etapa. E, caso reeleita, vamos para segunda parte.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): O papel do vereador é fiscalizar e legislar, no primeiro pretendo combater as máfias existentes que hoje criam dificuldades para empreender e prosperar, no segundo precisamos combater legislações que engessam o crescimento da cidade, como plano diretor, reformas estruturais, entre outros.
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Boletim da Liberdade: Por que você acredita que deve ser a escolha dos liberais na sua cidade?
André Bolini (NOVO – 30.777): Meu histórico em defesa da liberdade contribui para representar as forças liberais de São Paulo. Sou líder Livres, trabalhei com o deputado federal Vinícius Poit em Brasília e marquei presença por dezenas de domingos na Avenida Paulista defendendo as reformas da Previdência e administrativa.
Bruno Zambelli (PRTB – 28.800): Porque o povo está cansado de papo furado. De mimimi e da cultura do politicamente correto que só endossam coisas erradas, de coitadismo, de privilegiarem as minorias. O conceito de democracia é o governo da vontade da maioria. As minorias têm que se adequar à maioria, não o contrário.
Fernando Holiday (Patriota – 51.000): Aprovei a revogação de mais de 100 leis burocráticas de uma vez, algo nunca antes visto aqui. Relatei a reforma que acabou com privilégios da elite do funcionalismo. Essa luta quase me custou a vida, atiraram em mim dentro da Câmara. O voto liberal me dará força para fazer muito mais pela liberdade.
Janaína Lima (NOVO – 30.300): Gosto da frase de Friedman: “Um dos piores erros possíveis é julgar políticas pelas suas intenções ao invés de por seus resultados”. Fiz trabalho sólido de resultados nestes 4 anos: reformas, austeridade com dinheiro público, fiscalização etc. Sou uma das melhores opções para liberais em São Paulo.
Matheus Hector (NOVO – 30.456): O meu projeto é mais do que um mandato, é um projeto de cidade, de longo prazo. Vou mudar o plano diretor para que nossa cidade seja mais segura, mais densa, mais viva e mais livre.
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Por Evellyn Lima
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